O Centro de Referência da Pessoa Idosa (CRPI) Caiçaras promoveu um arraial animado para mais de 620 pessoas idosas, com apresentação da Quadrilha Trem Chique, do Clube do Choro e da Quadrilha do Grupo de Idosos Traços de União, de Venda Nova. A festa junina faz parte das atividades do CRPI, que atua na promoção de um envelhecimento saudável, com autonomia e dignidade.

Os festejos despertam lembranças de infância em muitos participantes. Bandeirolas coloridas, pipoca, algodão doce, barraquinhas com brincadeiras, atrações musicais e muita gente vestida a caráter fizeram parte da festa junina. A usuária do CRPI Elza Romagnoli gostou das brincadeiras, como pular fogueira e tentar subir no pau de sebo. “Gosto muito dessa festa, me divirto aqui, eu mesma faço a minha roupa”, acrescenta.

A criatividade marcou o festejo deste ano. Sandra Aparecida, outra usuária do Centro de Referência, relembrou que adorava festa junina quando era criança, mas não tinha condições de comprar a roupa típica e, por isso, não participava. “Hoje, continuo tendo loucura por festa junina. Trouxe o boneco Chiquinho para ser meu namorado, além de uma sombrinha para interagir, o pessoal adora”.

Os adereços fizeram sucesso entre os presentes. “Há quinze anos frequento o CRPI e as festas são maravilhosas, tudo muito organizado, o som na altura certa, lanche e um ambiente muito agradável”, diz Sandra.

Durante o evento, realizado na última quinta-feira, a subsecretária de Direitos Humanos, Luana Magalhães de Araújo Cunha, disse que ações como as festas juninas dos CRPIs não são meramente recreativas, pois desempenham um papel central na promoção da saúde mental e emocional, no fortalecimento de vínculos sociais e na valorização da trajetória de vida de cada pessoa idosa.

Por isso, nossas atividades são pensadas para promover não apenas o entretenimento, mas a inclusão, a autonomia e o protagonismo da pessoa idosa na vida comunitária. “Nosso compromisso é construir políticas públicas que respeitem e celebrem o envelhecimento, garantindo que o lazer seja acessível, diversificado e significativo para todos e todas. Envelhecer com alegria, com respeito e com possibilidades é um direito, é dever do poder público assegurar esse direito com ações concretas e continuadas”, destaca.