17 December 2021 -
Um grupo composto por 30 agentes da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte (GCMBH) concluiu, neste mês de dezembro, o Curso de Mediação de Conflitos e Prevenção às Violências Doméstica e Sexual. A qualificação foi fruto de uma parceria firmada pela Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção (SMSP) com o Projeto para Elas, por Elas, por Eles, por Nós, do Programa de pós-graduação em Promoção da Saúde e Prevenção da Violência da Escola de Medicina da UFMG.
O curso somou 40 horas/aula, abordando as múltiplas faces da violência contra a mulher a partir de dados deste tipo específico de violência, apresentando bases teóricas explicativas da violência em geral e da violência contra a mulher, com proposições de enfrentamento. O treinamento foi construído para capacitar os agentes da Guarda Municipal que atuam no Grupamento de Patrulha Escolar e para as guardas femininas da Campanha de Combate à Importunação Sexual no Transporte Coletivo, sendo extensivo aos demais envolvidos com a prevenção e combate à violência contra a mulher.
As discussões abordaram temas como as raízes culturais, históricas e sociais da violência contra a mulher; a mediação de conflitos e prevenção à violência; leis como a Maria da Penha, do Feminicídio, entre outras que tratam da questão da violência contra a mulher no Brasil. A metodologia adotada consistiu na exposição dialogada, por meio de rodas de conversa e da problematização prática da teoria. E incluiu um seminário sobre mediação de conflitos com profissionais e professores convidados.
Projeto Para Elas
O projeto desenvolvido em parceria com a UFMG busca desenvolver a promoção da saúde da mulher e a prevenção à violência de gênero nos territórios de alta vulnerabilidade social e altos índices de violência, como o L4, que envolve os bairros alto Vera Cruz, Granja de Freitas e Taquaril, na região Leste da capital.
O Projeto para Elas, por Elas, por Eles, por Nós também visa a articulação entre as redes locais e equipamentos públicos como o CRAS (Centro de Referência em Assistência Social), as Escolas Municipais, o Distrito Sanitário, as Diretorias Regionais de Assistência Social e Educação, de forma a otimizar e integralizar seu atendimento.
Entre suas principais ações está o desenvolvimento de rodas de conversas e oficinas de inclusão produtiva com as mulheres do Território L4, de modo articulado com equipamentos públicos locais e com a sociedade civil organizada, enquanto estratégia para possibilitar a geração de renda e o empoderamento social econômico necessários para que elas possam romper com o ciclo da violência.