Entre os dias 6 e 8 de junho, grandes nomes mundiais ligados ao desenvolvimento sustentável estarão reunidos em debates do 1º Fórum Internacional de Economia e Gestão Verde, iniciativa da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, em parceria com a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, com o apoio da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica e da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

Os debates do Fórum Internacional serão todos virtuais, abertos ao público. Na pauta, temas que impactam diretamente o cidadão, o ambiente urbano e o meio ambiente, em um contexto pós-pandemia. Acesse os links das inscrições AQUI.

Entre os painelistas convidados, está a vice-presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), Thelma Krug. Considerada uma das maiores autoridades mundiais em mudança do clima e florestas, ela vai compartilhar sua vasta experiência como pesquisadora e gestora pública na área ambiental.

Ainda sobre mudanças climáticas e energia limpa, o público terá o encontro com outras duas referências: o brasileiro Ilan Cuperstein, diretor regional para América Latina da C40 Cities (Grupo de Grandes Cidades para Liderança do Clima); e o alemão Ansgar Pinkowski, especialista em hidrogênio verde e transformação energética, que ocupa atualmente a Gerência de Inovação e Sustentabilidade da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha.

No debate sobre resiliência urbana, o destaque é o diretor e cofundador da Cities4Forests do Pilot Projects Design Collective (Canadá), Scott Francisco, que vai abordar as possibilidades de um pensamento sistêmico para gerir florestas de uma forma mais sustentável, integrando as áreas verdes internas, próximas e distantes do ambiente urbano nos planos e programas públicos de desenvolvimento.

No âmbito privado, pesquisa do Sebrae mostra que 91% dos pequenos negócios brasileiros têm a percepção de que novas oportunidades e modelos de negócios estão surgindo a partir da preocupação com a sustentabilidade. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), mesmo no cenário adverso, de recuperação econômica pós-pandemia, 63% das empresas pretendem aumentar os investimentos em sustentabilidade nos próximos anos.

Esse movimento reflete uma tendência mundial voltadas às boas práticas sustentáveis. Segundo à rede Bloomberg, o montante mundial ligado à ESG (sigla em inglês para ações ambientais, sociais e de governança), deve chegar a U$ 53 trilhões até 2025, equivalente a um terço dos ativos de investimentos.

“Esse encontro é uma excelente oportunidade de reunir visões e experiências complementares sobre economia e gestão verde, compartilhando conhecimento entre nossas lideranças locais e referências internacionais, no intuito de seguirmos aperfeiçoando a gestão pública municipal, que tem um papel fundamental nessa cadeia”, celebra o Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Claudio Chaves Beato Filho.

Uma cidade verde

Belo Horizonte foi eleita, em 2017, cidade referência em sustentabilidade e meio ambiente pela “Urban Systems”. A Prefeitura realiza diversos programas e ações no sentido de uma gestão mais verde. Atualmente, mais de 99% do município conta com a tecnologia LED nos pontos de iluminação pública, o que gera economia financeira e menor impacto ao meio ambiente. O edifício-sede, na Avenida Afonso Pena, conta também com uma usina fotovoltaica, que promove uma redução de cerca de 20% no consumo de energia do prédio. 

Entre as iniciativas pioneiras que se destacam, em 2018, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, criou a Biofábrica, um laboratório de joaninhas e crisopídeos, insetos que combatem, de forma natural, populações de organismos indesejáveis em hortas, jardins, pomares e arborizações, evitando o uso de agrotóxicos. A distribuição dos insetos é gratuita para a população.