Pular para o conteúdo principal

FLI BH apresenta balanço parcial da 4ª edição do Festival, que segue até dia 20
Foto: Divulgação/PBH

FLI BH apresenta balanço parcial da 4ª edição do Festival, que segue até dia 20

criado em - atualizado em

A Secretaria Municipal de Cultura e a Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Instituto Periférico, apresentam o balanço parcial da 4ª edição do Festival Literário Internacional de Belo Horizonte (FLI BH), que pela primeira vez oferece uma programação totalmente on-line e gratuita. O evento, que segue com diversas atividades até sexta-feira, dia 20, traz um tema bastante expressivo no cenário atual: “Virando a página: livro e leitura tecendo amanhãs”. Toda a programação pode ser conferida pelo site oficial do Festival.

 

Da abertura do Festival, no dia 10, até o momento, foram produzidos e apresentados 167 conteúdos, com mais de 9,7 mil visualizações de lançamentos de livros, mesas de debate, entrevistas, rodas e clubes de leitura, narração de histórias, saraus, performances de ilustradores, oficinas e mostras de cinema. Ao todo, foram 45 horas de conteúdo estreados, sendo  32 horas disponíveis para visualização até o final do evento.

 

Foram 206 participações, entre elas de escritores, poetas, ilustradores, músicos, além dos profissionais do mercado literário, como produtores, editores e pesquisadores das temáticas afro-brasileira e infantojuvenil, dois pontos bastante discutidos durante todo o evento. Os participantes são, majoritariamente, de Belo Horizonte, mas outras cidades mineiras foram representadas, como Contagem, Sabará, Bom Despacho, Juiz de Fora, Governador Valadares e Lagoa Santa. São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Porto Alegre também foram contempladas com participantes. De fora do Brasil, convidados de Moçambique e do Chile.

 

O mercado editorial tem sido bem representado, com 99 editoras apoiando o Festival e participando da Feira de Livros virtual, que pode ser acessada pelo fli.pbh.gov.br. Já foram lançados 108 livros, com 52 obras para o público infantojuvenil e 56 para o público jovem e adulto.

 

Durante a programação, a produção tem coletado a satisfação de quem vem prestigiando o FLI BH neste ano. Alguns dos destaques da programação até o momento são: a Conferência de Abertura, com Edimilson de Almeida Pereira e o tema “Editorias negras no Brasil: Notas sobre ser estrangeiro em sua própria terra”, com mediação das curadoras do Festival, Ana Elisa Ribeiro e Madu Costa; a mesa de debate “A Pele da Edição”, que trouxe um encontro histórico entre Arlete Soares (BA), criadora da Editora Corrupio, Cristina Warth (RJ), da Pallas, e a homenageada desta edição, Maria Mazarello Rodrigues (BH), da Mazza Edições, com mediação de Fabiane Rodrigues (BH); a oficina “Leitura de textos literários com adolescentes e jovens", com Odilon Esteves (MG), que abordou a experiência de ler em salas de aula, bibliotecas e espaços culturais a partir de técnicas de voz e ritmos trazidos da trajetória do mediador como ator; e a oficina “Escrever sem escrever”, de Leonardo Villa-Forte (RJ), que colocou em debate os hibridismos da escrita contemporânea.

 

Sobre o conteúdo, o público avaliou o Festival como 95% satisfatório, por meio de pesquisa coletada entre os espectadores. Além da audiência significativa de pessoas de Belo Horizonte, o público informou na pesquisa a participação de 18 cidades do interior de Minas e de 14 estados, além de Minas Gerais. Uma das novidades desta edição foi o compromisso com a realização de um evento mais inclusivo e acessível a diversos públicos, com ênfase nas pessoas com deficiência.

 

Com esses resultados, é possível perceber que, mesmo em um cenário de pandemia, com todas as suas dificuldades, o FLI BH está conseguindo se aproximar do público e dialogar sobre temas relevantes, que servirão de agulha e linha para a tessitura de amanhãs melhores, mais inclusivos e acessíveis. 

 

Para conferir o que já aconteceu, acesse o canal oficial da Fundação Municipal de Cultura no YouTube. Já para a programação veiculada em podcast, acesse a conta do Festival no Spotify.  

 

Ainda serão lançados 35 conteúdos , como parte da programação do FLI BH, entre os dias 16 e 20 de agosto. Entre eles, um destaque é, no dia 18 de agosto, quarta-feira, às 19h30, a mesa de debate “Slam: Poesia, Identidade e Participação”, que debate o lugar da poesia, de onde podem surgir e os slams (disputas poéticas) das periferias. Rogério Coelho, poeta, articulador do Coletivoz Sarau de Periferia desde 2008 e Slammaster do Slam Clube da Luta e SLAM MG, faz a mediação entre Lucía Tennina (Argentina), professora de Literatura Brasileira na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Buenos Aires e pesquisadora do CONICET, e Pieta Poeta (BH), escritor, professor, artista cênico e campeão mundial de poesia falada. A mesa de debate “A Literatura pelo Avesso”, que acontece no dia 19 de agosto, quinta-feira, às 19h30, discute a vida retratada nos livros e o avesso que é a realidade.

 

Cinthia Kriemler (Brasília), contista, romancista e poeta, e Jeferson Tenório (Porto Alegre), doutorando em teoria literária pela PUCRS, contam com a mediação de Maria do Rosário Alves Pereira (BH), doutora em Literatura Brasileira pela Faculdade de Letras da UFMG. No último dia de evento, 20 de agosto, a Conferência de Fechamento terá como tema “Repensar o Universalismo: O Papel (a Função) da Tradução”, que discute a importância das traduções de livros para outras línguas, com Gisèle Sapiro (França), diretora de pesquisa do Centre National de la Recherche Scientifique e diretora de estudos da École des Hautes Etudes en Sciences Sociales, e mediação de Gabriela Santoro, diretora-presidente do Instituto Periférico. Todos esses conteúdos serão exibidos no canal oficial da Fundação Municipal de Cultura no YouTube.