15 October 2021 -
O Imperial College London comparou o controle da pandemia de Covid-19 em 14 capitais brasileiras e demonstrou que fatores como os investimentos nos recursos de saúde, otimização da atenção à saúde e a preparação adequada para o enfrentamento à pandemia foram essenciais para o desempenho de Belo Horizonte no enfrentamento à doença. O estudo indica que se todas as capitais avaliadas tivessem a mesma condução que a capital adotou, cerca de 328 mil mortes teriam sido evitadas no país.
O município apresentou índices inferiores às demais capitais quando avaliados os indicadores de casos, severidade e óbitos por Covid-19. Esta avaliação considerou a estrutura hospitalar, o número de médicos e o manejo de pacientes. “É um reconhecimento importante. Belo Horizonte conta com um sistema de saúde robusto e que respondeu ao desafio da pandemia”, afirma o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto.
No início de fevereiro de 2020, antes de o Brasil registrar o primeiro caso, a Secretaria Municipal de Saúde começou a preparação para o enfrentamento à doença. Entre as primeiras ações, foram realizadas capacitações das equipes de saúde e já iniciadas articulações com os hospitais que atendem pelo SUS-BH, para estudos de abertura e de remanejamento de leitos para atendimento exclusivo a pacientes com Covid-19.
Ao longo de todo ano de 2020 e 2021, a Secretaria Municipal de Saúde, seguindo o monitoramento constante dos indicadores da doença no município, foi implantando e ampliando serviços, sempre com recursos humanos, financeiros e equipamentos necessários para o devido funcionamento. “Além disso, o isolamento social, com restrições de funcionamento de serviços e de circulação de pessoas, adotado pela Prefeitura, foi crucial para salvarmos vidas”, explica Jackson Machado Pinto.
A parceria da Prefeitura com os hospitais da rede SUS-BH contribuiu no mapeamento da estrutura existente, da possibilidade de oferta imediata de leitos específicos para a Covid-19 – considerando a segurança assistencial que o manejo destes doentes demanda – e a capacidade de expansão mensal, considerando a abertura de leitos novos, possíveis obras, equipamentos e recursos humanos. “Esta estrutura, inclusive, foi avaliada no estudo do Imperial College, de Londres, e foi fundamental para obtermos o melhor resultado na condução da pandemia em comparação com outras 13 capitais brasileiras”, acrescenta o secretário.
Em maio de 2021, Belo Horizonte atingiu o maior número de leitos exclusivos Covid na Rede SUS-BH: 579 leitos de UTI e 1.260 de enfermaria. Devido à tendência de queda nas taxas de ocupação apresentada, somado ao retorno gradual das cirurgias eletivas, tem sido feita a diminuição gradativa de leitos específicos para a doença, sempre mantendo a segurança da população.
A estrutura montada permanece ativa. O município conta com quatro Centros Especializados em Covid-19, sendo que o primeiro foi aberto no início de março de 2020. Juntos, eles já atenderam a mais de 86 mil pessoas.
“Com o avanço da vacinação e queda nas taxas de ocupação de leitos e da transmissão da doença, ampliamos a flexibilização da cidade e já podemos vislumbrar um retorno à vida mais parecido com o de antes da pandemia. Entretanto, ainda há pessoas sendo infectadas e precisando de hospitalização. Devemos manter as medidas preventivas, usar máscaras de qualidade, ter responsabilidade nos encontros e vacinar”, completa Jackson Machado.