27 March 2024 -
Noventa e dois agentes da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte foram certificados nesta quarta-feira (27) no curso de Abordagem da Violência Doméstica, oferecido especialmente a integrantes da corporação. A formação é fruto da parceria entre a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG, com jornada de 56 horas/aula, iniciada em outubro de 2023.
Temas com o do papel da Guarda Municipal na Promoção dos Direitos Humanos das Mulheres em Situação de Violência Doméstica tiveram destaque no discurso dos formandos, que agora serão ser multiplicadores do treinamento para os demais colegas da corporação e passarão também a integrar a Rede de Proteção e Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.
A capacitação reforça o sucesso do trabalho conjunto desenvolvido entre a Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção e a Faculdade de Medicina com o Projeto Para Elas, Por Elas, Por Eles, Por nós, também voltado para mulheres vítimas de violência doméstica.
A turma que participou do curso foi selecionada de acordo com o setor onde cada agente atua, incluindo, por exemplo, todas as guardas municipais femininas que integram o Grupamento de Proteção à Mulher “Guardiã Maria da Penha”, bem como agentes da Patrulha SUS - que é responsável pela ronda preventiva das unidades de Saúde municipais -, os que atuam no Departamento de Missões Especiais (DME), entre outros.
De acordo com a guarda municipal Lívia, integrante do Grupamento Maria da Penha, o curso foi extremamente enriquecedor. “Foram abordados temas de grande relevância, como o da família incestuosa. Discutimos casos em que o pai abusador também recebe assistência psicológica, juntamente com suas filhas. Com certeza, esses conhecimentos irão contribuir significativamente para nossa atuação, permitindo uma abordagem mais sensível e eficaz diante de situações tão delicadas”, declarou.
Para o secretário municipal de Segurança e Prevenção, Genilson Zeferino, o curso demonstra o empenho da Prefeitura em oferecer uma assistência cada vez mais qualificada da Guarda Municipal à população, sobretudo no aspecto da proteção à mulher contra a violência. “Nossa luta é por não vitimizar ainda mais aquela mulher que já foi exposta à violência física e psicológica, tornando os agentes capacitados a garantir um acolhimento de qualidade às vítimas, para que elas não se calem, deixando impunes os agressores”, enfatiza.