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Detalhe da colmeia da espécie de abelhas sem ferrão
Foto: Dany Amaral/PBH

Criação de abelhas sem ferrão promove preservação ambiental em áreas urbanas

criado em - atualizado em

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), tem desenvolvido, no Parque Municipal das Mangabeiras, um projeto que visa ao incentivo da criação de abelhas sem ferrão (Meliponídeos) em áreas urbanas. Além da preservação do meio ambiente e do papel importante na polinização para a biodiversidade, a criação dessas espécies de abelhas garante a segurança alimentar por meio de uma produção agroecológica de alimentos (mel, própolis e geleia real).

 

Em 2021, graças a uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Smed), alunos de escolas da rede municipal de ensino de Belo Horizonte puderam conhecer o projeto desenvolvido pela SMMA e percorreram trilhas do Parque dos Mangabeiras onde estão instaladas as colmeias das abelhas sem ferrão.

 

O biólogo Dênio Pimenta explica que, para este ano, a SMMA trabalha com o objetivo de realizar as trilhas no Parque das Mangabeiras com a participação de mais estudantes e, também, de moradores da capital.

 

Divididas em oito colônias espalhadas pelo parque municipal, as abelhas são monitoradas por uma equipe técnica da secretaria de Meio Ambiente, que observa o desenvolvimento dos espécimes, faz as manutenções necessárias e previne o ataque das pragas às colmeias.

 

De acordo com o biólogo da da SMMA, o projeto-piloto no Parque das Mangabeiras tem importância fundamental, sobretudo porque, inserido no contexto urbano, contribui com o reflorestamento das áreas verdades e a preservação da diversidade biológica, evitando, inclusive, a perda de habitat de algumas espécies.

 

“As abelhas possuem uma incrível capacidade de resiliência aos espaços físicos. Apesar desta vantagem, elas precisam ser preservadas porque a ação humana tem comprometido cada vez mais seus habitats (o uso de agrotóxico é um exemplo disso). Nesse sentido, contar com estas espécies em áreas urbanas é importante para que elas se multipliquem e, por meio desta interação, aumentem a produção de descendentes, de novas variabilidades genéticas, não percam seu habitat e continuem prestando o seu importante serviço ao meio ambiente”, afirma Dênio Pimenta.

 

Além da expansão do projeto para a visita de campo e trilhas de alunos de mais escolas municipais, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente deve instalar as colmeias em outras áreas verdes, para que as abelhas sem ferrão possam migrar para espaços de preservação maiores, criando, então, os “corredores ecológicos” de Belo Horizonte.