4 September 2018 -
Promover o envelhecimento ativo e saudável e fortalecer as relações familiares e comunitárias. Com este objetivo, grupos de idosos participam de atividades que favorecem a convivência familiar e comunitária, as trocas culturais e de vivências, além de desenvolver o sentimento de pertencimento e identidade.
Os coletivos Grupo do Amor e Fraternidade Não Tem Idade fazem parte do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) Santa Rosa, e são compostos por usuários moradores dos territórios dos bairros São Francisco e Aeroporto, na região da Pampulha. Os encontros são realizados semanalmente e oferecem oficinas de atividades manuais, lúdicas, culturais e artísticas além de atividades reflexivas sobre o processo de envelhecimento.
Os coletivos Grupo do Amor e Fraternidade Não Tem Idade fazem parte do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) Santa Rosa, e são compostos por usuários moradores dos territórios dos bairros São Francisco e Aeroporto, na região da Pampulha. Os encontros são realizados semanalmente e oferecem oficinas de atividades manuais, lúdicas, culturais e artísticas além de atividades reflexivas sobre o processo de envelhecimento.
Receitas e histórias de vida
Ao longo de aproximadamente dois meses, os integrantes de ambos os grupos produziram os livros artesanais Natureza Que Cura e Delícias do CRAS.
A orientadora social Nayara Camargo explicou que, para dar o suporte necessário para a construção dos livros, foram realizados vários encontros. “Todo o processo foi uma construção coletiva. A escolha dos nomes de cada livro e das capas foi feita, inclusive, por meio de votação”, disse.
Ela ressaltou que cada grupo possui sua particularidade. Os usuários que compõem o coletivo Grupo do Amor gostam de contar histórias de vida com os relatos das muitas dificuldades que permearam sua infância até os dias de hoje. A maioria deles, desde muito jovens, aprenderam com seus antepassados os cuidados com a saúde e bem-estar por meio da natureza. “Todos são muito envolvidos com o cultivo de ervas e hortaliças e amam cuidar da terra. Assim, de história em história, surgiu a ideia de registrar parte da sabedoria herdada em um livro que ganhou o título de Natureza Que Cura”, relatou.
Participante do Grupo do Amor, Osvaldina da Silva Meireles sempre tem a indicação de uma planta medicinal para resolver problemas de dor, inchaço, ou coceira. Quem também conhece tudo de planta é Pedro Luis Arruda, para quem a natureza é uma rica fonte de medicamentos. E, assim como ele, Geralda de Sousa Pereira utiliza as plantas para tratar doenças. “Minha mãe tinha o costume de fazer muitos tipos de chás para curar dor de dente, dor de barriga e outras coisas”, contou.
Com 80 anos, a dona de casa Ernesta dos Santos disse que aprendeu muito com os companheiros e que foi muito bom ajudar a produzir o livro. Sua filha Márcia Valéria dos Santos, que também frequenta o grupo há cerca de três anos, gostou da experiência. “Achei tudo muito bom. Já conhecia algumas plantas que foram citadas no livro, mas não sabia a utilidade delas,” alega.
No coletivo intergeracional Fraternidade Não Tem Idade a história se repete. Com um forte vínculo afetivo entre os participantes, as atividades sempre terminavam com a troca de receitas. Em alguns encontros, era comum agradar os colegas com degustações trazidas de casa. O livro Delícias do CRAS é a reunião de 12 receitas escolhidas e testadas pelos integrantes do grupo durante as reuniões.
Há mais de sete anos, as irmãs Glenise Aparecida Costa e Glauci Maria Salzone frequentam o grupo. A Glauci preparou uma farofa fria para os colegas degustarem, prato que fez o maior sucesso. “É prazeroso ouvir as pessoas elogiando alguma coisa que a gente fez. Foi muito bom também ver meu nome no livro de receitas. Achei gratificante demais.”
A orientadora social Nayara Camargo explicou que, para dar o suporte necessário para a construção dos livros, foram realizados vários encontros. “Todo o processo foi uma construção coletiva. A escolha dos nomes de cada livro e das capas foi feita, inclusive, por meio de votação”, disse.
Ela ressaltou que cada grupo possui sua particularidade. Os usuários que compõem o coletivo Grupo do Amor gostam de contar histórias de vida com os relatos das muitas dificuldades que permearam sua infância até os dias de hoje. A maioria deles, desde muito jovens, aprenderam com seus antepassados os cuidados com a saúde e bem-estar por meio da natureza. “Todos são muito envolvidos com o cultivo de ervas e hortaliças e amam cuidar da terra. Assim, de história em história, surgiu a ideia de registrar parte da sabedoria herdada em um livro que ganhou o título de Natureza Que Cura”, relatou.
Participante do Grupo do Amor, Osvaldina da Silva Meireles sempre tem a indicação de uma planta medicinal para resolver problemas de dor, inchaço, ou coceira. Quem também conhece tudo de planta é Pedro Luis Arruda, para quem a natureza é uma rica fonte de medicamentos. E, assim como ele, Geralda de Sousa Pereira utiliza as plantas para tratar doenças. “Minha mãe tinha o costume de fazer muitos tipos de chás para curar dor de dente, dor de barriga e outras coisas”, contou.
Com 80 anos, a dona de casa Ernesta dos Santos disse que aprendeu muito com os companheiros e que foi muito bom ajudar a produzir o livro. Sua filha Márcia Valéria dos Santos, que também frequenta o grupo há cerca de três anos, gostou da experiência. “Achei tudo muito bom. Já conhecia algumas plantas que foram citadas no livro, mas não sabia a utilidade delas,” alega.
No coletivo intergeracional Fraternidade Não Tem Idade a história se repete. Com um forte vínculo afetivo entre os participantes, as atividades sempre terminavam com a troca de receitas. Em alguns encontros, era comum agradar os colegas com degustações trazidas de casa. O livro Delícias do CRAS é a reunião de 12 receitas escolhidas e testadas pelos integrantes do grupo durante as reuniões.
Há mais de sete anos, as irmãs Glenise Aparecida Costa e Glauci Maria Salzone frequentam o grupo. A Glauci preparou uma farofa fria para os colegas degustarem, prato que fez o maior sucesso. “É prazeroso ouvir as pessoas elogiando alguma coisa que a gente fez. Foi muito bom também ver meu nome no livro de receitas. Achei gratificante demais.”
Fortalecendo as relações familiares e comunitárias
O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos é um serviço da Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) ofertado de forma complementar ao trabalho social com famílias. O trabalho é realizado por meio do serviço de Proteção e Atendimento Integral às Famílias (PAIF), cujo objetivo é fortalecer as relações familiares e comunitárias. Em Belo Horizonte, o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos é executado em forma de parceria pela Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA Brasil).
Os encontros são realizados uma vez por semana. O serviço tem ainda caráter preventivo e proativo pautado na defesa e afirmação dos direitos e no desenvolvimento de capacidades e potencialidades para que o usuário alcance alternativas para o enfrentamento da vulnerabilidade social.
Na Pampulha, o fortalecimento de vínculos é ofertado nos CRAS. Alguns grupos funcionam em equipamentos públicos e em outros espaços cedidos na comunidade, levando as atividades para mais perto da população. Atualmente, há oito grupos de idosos na região da Pampulha que beneficiam cerca de 130 participantes.
Os interessados em participar podem obter mais informações diretamente nos CRAS: Santa Rosa (3277-6698), Confisco (3277-7147), Novo Ouro Preto (3277-7991) e São José (3277-7149).
Os interessados em participar podem obter mais informações diretamente nos CRAS: Santa Rosa (3277-6698), Confisco (3277-7147), Novo Ouro Preto (3277-7991) e São José (3277-7149).