O Centro Integrado de Atendimento à Mulher (CIAM) realizou, somente no primeiro semestre deste ano, 409 atendimentos sobre questões jurídicas, de saúde e de outras naturezas. O público alvo do local são mulheres em situação de vulnerabilidade social, com trajetória de vida nas ruas, em uso prejudicial de álcool e outras drogas e em situação de violência doméstica. Se considerarmos os casos em que uma mesma mulher buscou auxílio mais de uma vez, o número sobe para 990.

Inaugurado pela Prefeitura de Belo Horizonte em novembro de 2018, na Lagoinha, Região Noroeste da capital, o CIAM é coordenado pela Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção (SMSP) e, com base em convênio firmado com o Governo Federal, presta acolhimento a mulheres que chegam à unidade por demanda espontânea ou pela busca ativa realizada pelas equipes do Consultório na Rua, da Secretaria Municipal de Saúde, e do Serviço Especializado em Abordagem Social, da Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania (SMASAC).

O equipamento - localizado na rua Nohme Salomão, 73 -  tem capacidade para atender até 45 mulheres por dia. De janeiro a junho foram oferecidos no local 4.540 serviços, como café da manhã, almoço, lanche, estrutura para lavagem de roupas, descanso, banho, aquisição de roupas e uso do telefone.  O CIAM funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, e oferece também atividades coletivas, atuando na promoção de acesso das usuárias aos direitos básicos, a partir de diferentes políticas públicas municipais.

Perfil

Atualmente 1.234 mulheres são cadastradas no CIAM, somando as 175 novatas que foram inseridas neste primeiro semestre do ano. O número de ingressos supera a soma de todo o ano de 2020, quando 164 novatas foram cadastradas. Em 2021, de janeiro a dezembro, 253 novas mulheres tiveram o nome inserido nos cadastros.

Cerca de 46% das mulheres que frequentam o Centro Integrado pertencem à faixa-etária entre 30 e 39 anos. Outras 27% têm entre 20 e 29 anos. As usuárias com idade entre 40 e 49 anos correspondem a 19% do público e as 8% restantes têm entre 50 e 59 anos. Com relação à identidade de gênero, 87% das mulheres nasceram com sexo feminino e se identificam com ele, sendo que os outros 13% são de mulheres transgênero.

O atendimento mais procurado é o de alimentação, que no CIAM corresponde ao café da manhã, almoço e lanche. O banho surge como segunda maior demanda das mulheres, que recebem toalhas higienizadas e um kit individual de produtos de higiene pessoal. O acesso a roupas e a busca por um lugar para descansar, surgem na sequência, respectivamente.