16 Abril 2018 -
Aprendizado, socialização, lazer, convivência e suporte para os cidadãos e as famílias fazem parte do trabalho desenvolvido nos 34 Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), da Prefeitura de Belo Horizonte. Localizadas em áreas com altos índices de vulnerabilidades e risco social, cada uma das unidades do CRAS referencia cinco mil famílias e atende no mínimo mil famílias por ano. Na capital mineira são mais de 150 mil pessoas referenciadas aos CRAS das nove regionais de Belo Horizonte.
O apoio oferecido pelos Centros de Referência é concretizado por meio de várias atividades. No CRAS Granja de Freitas, na região Leste de Belo Horizonte, um exemplo é a oficina de grafite oferecida todas as terças-feiras, das 14h às 16h, até o final deste semestre, para adolescentes de 15 a 17 anos. A atividade é vinculada ao Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) e, durante a oficina, os participantes desenvolvem habilidades como desenhar, fazer colagem e pintar, além de vivenciar experiências de socialização, troca de experiências e reflexão.
O SCFV é um serviço de Proteção Social Básica oferecido pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, por meio da Subsecretaria de Assistência Social, com o objetivo de reforçar os vínculos familiares e comunitários.
Segundo o oficineiro Júlio Cézar Alexandre, o trabalho desenvolvido é fundamental também para promover, além de aprendizado, socialização e lazer. “Quando os participantes chegaram aqui possuíam fragilidades, muitos não confiavam em si mesmos e se sentiam rejeitados e esquecidos pelos seus familiares. Aqui a nossa ideia é de acolhimento, é um lugar para eles apreenderem e descontraírem. Todos são inseridos da mesma forma”, explica.
De acordo com a coordenadora regional do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, Lilian Almeida, as atividades promovidas no SCFV têm ainda o objetivo de promover a integração e a troca de experiências entre os participantes, valorizando o sentido de vida coletiva.
“O SCFV possui um caráter preventivo, pautado na defesa e afirmação de direitos e no desenvolvimento de capacidades dos usuários. É uma forma de intervenção social planejada que cria situações desafiadoras, estimula e orienta os usuários na construção e reconstrução de suas histórias e vivências individuais, coletivas e familiares”, explica Lilian.
Apoio à família
NO CRAS é desenvolvido o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF), como informa o coordenador interino do CRAS Granja de Freitas, Walber Luiz da Silva. Ele conta que antes do usuário ser encaminhado à determinada atividade do PAIF, ele passa por um processo de “acolhida”, onde são conhecidas as vulnerabilidades, fragilidades e as necessidades da família para determinar a atuação do serviço.
O CRAS Granja de Freitas, atualmente, também oferece outras atividades para a comunidade, como a oficina de dança de rua em parceria com o Programa Fica Vivo! Para Jovens; a oficina de danças regionais, realizada junto com a Secretaria Municipal de Esportes para crianças e adolescentes de 8 a 14 anos; o Programa Natureza Jovem, em parceria com a Associação Profissionalizante do Menor (ASSPROM); além de ações de convivência para demais ciclos de vida: crianças, adolescentes e idosos.
Para este ano ainda estão previstas as oficinas de música, em parceria com o Projeto “Viva o Granja”, e uma de reflexão desenvolvida pelo próprio Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família, que pretende articular com a Subsecretaria de Segurança Alimentar, ações nesse campo.
CRAS E SCFV
O Centro de Referência de Assistência Social é uma unidade pública da política de assistência social, de base local, integrante do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), localizada em áreas com altos índices de vulnerabilidades e risco social.
O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos é um serviço da Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) que é ofertado de forma complementar ao trabalho social com famílias realizado por meio do Serviço de Proteção e Atendimento Integral às Famílias (PAIF) e do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado às Famílias e Indivíduos (PAEFI).
O SCFV realiza atendimentos em grupo, promovendo atividades artísticas, culturais, de lazer, esportivas, entre outras, de acordo com a idade dos usuários (crianças até seis anos, crianças e adolescentes de sete a 14 anos, adolescentes de 15 a 17 anos, jovens de 18 a 29 anos, adultos de 30 a 59 anos e pessoas idosas).