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Representante da Defesa Civil, de pé, dá explicações sobre como agir em períodos chuvosos a equipe de mais de dez pessoas sentadas à sua frente.
Foto: Divulgação/PBH

BH em Pauta: PBH inicia mobilizações para período chuvoso

criado em - atualizado em

Com foco em planejamento, organização e atuação sinérgica para garantir eficácia em operações preventivas e gestão de riscos e desastres, o subsecretário de Proteção e Defesa Civil, Coronel Alexandre Lucas, vem mobilizando as equipes da Prefeitura de Belo Horizonte para o próximo período chuvoso, entre outubro e março. Nessa série de reuniões de trabalho, o objetivo é conscientizar e qualificar os servidores.

“Todos precisam conhecer o papel no plano”, responsabiliza o subsecretário, ao explanar – para cerca de 50 servidores de áreas distintas que atuam na região do Barreiro – sobre conceitos e fluxogramas de ação do Plano de Contingência para o enfrentamento de Desastres 2017-2018.

As reuniões já aconteceram também nas regionais Leste, Nordeste, Norte, Venda nova, Centro-sul e Noroeste. No próximo dia 14, o encontro será com os servidores da Regional Pampulha, de manhã, e da Oeste, à tarde.

A responsabilidade territorial é reiteradamente destacada pela Defesa Civil. “Esse é o espaço prioritário, onde se iniciam todos os esforços de proteção civil e para onde são canalizados os apoios necessários para o atendimento aos sinistros ocorridos nas comunidades”, destaca o Coronel Lucas, exemplificando que acionar profissionais que conhecem o território possibilita respostas mais rápidas em situações emergenciais.


Relacionamento



O relacionamento com comunidades e lideranças também contribui para a efetividade do trabalho. O protagonismo dos moradores é intensamente trabalhado pela PBH por meio dos Núcleos de Defesa Civil (Nudecs) e Núcleos de Apoio Comunitários (NACs), compostos por pessoas treinadas para detectar sinais de risco e acionar as equipes da Defesa Civil e a Urbel.

Isabel Oliveira, moradora do bairro Diamante, participa do Núcleo de Alerta de Chuva (NAC) há cerca de quatro anos. Embora a casa dela não esteja na área de risco, ela se compromete em orientar e auxiliar os vizinhos que moram às margens do Córrego Olaria. “Tivemos reuniões, treinamentos de técnicas de salvamento e cursos sobre o nosso papel no processo”, relata.

Isabel atua com o marido Mário Martins, também voluntário no NAC, e conta que, antes do período chuvoso, eles distribuem panfletos educativos e conversam com os moradores, repassando o que aprenderam sobre medidas de segurança. “A orientação é que quem está muito perto do córrego deve sair ao sinal de chuva forte. Mas nossa principal dificuldade é que muitos têm medo de largar a casa, preocupam-se muito com os bens, ao invés de pensar na vida”, lamenta.

Com canal direto de comunicação com o comando da Defesa Civil, além de receberem alertas sobre mudanças no clima, os voluntários também são peças-chave no monitoramento visual dos cursos d’água em caso de chuva. 


Prevenção



“Já tem um tempo que não vemos inundações aqui”, comemora Isabel, referindo-se à obra de construção da Bacia de Detenção do Córrego Olaria Jatobá. “A água do córrego não tinha escoamento e ele entrava nas casas porque o leito era muito estreito. Com a construção da bacia não temos mais esse problema”, completa. A obra incluiu a remoção de moradores das áreas de risco para ampliação da área de vazão da água da chuva.

Mas nem só em obras são baseados os trabalhos preventivos. A equipe da Gerência Regional de Limpeza Urbana retirou cerca de quatro toneladas de entulho e lixo das bocas de lobo da Vila Cemig durante uma operação de limpeza realizada na última semana. Basta destampar os bueiros para ver a causa de muitos alagamentos: toneladas de entulhos despejadas diretamente com o uso de carrinhos de mão, além de garrafas, latas e embalagens plásticas.


Atendimento


A Defesa Civil atende pelo telefone 199 e funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, inclusive aos domingos e feriados. Os agentes trabalham em constante interface com os órgãos da PBH.

Ao frisar que a Defesa Civil não é um órgão, mas uma instância de coordenação de esforços, o Coronel Lucas frisa que as ações devem envolver prioritariamente os órgãos que atuam localmente. Por outro lado, falando em atuação sistêmica, ele destaca que conta sempre com apoio de outros territórios e com toda a estrutura da PBH e de instituições parceiras. “Conforme a prioridade do momento, cada um assume a dianteira.”
 


 

12/09/2017. Ação conjunta de planejamento da Defesa Civil. Fotos: Divulgação/PBH