1 August 2017 -
Localizado em espaço histórico revitalizado e fincado no coração de um dos bairros mais tradicionais da cidade, o MIS Cine Santa Tereza vem fazendo história em Belo Horizonte como o primeiro cinema público municipal de rua. Canal de difusão contínua da produção audiovisual mineira, o espaço abriga sala de cinema, sala multiuso, cafeteria e biblioteca promoção de encontros. Além de oferecer vários projetos, como o Cine Diversidade, o equipamento sedia debates, exposições, lançamentos e mostras de repertório do cinema brasileiro e mundial.
O MIS Cine Santa Tereza é mantido pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Fundação Municipal de Cultura. Segundo a gerente Ana Amélia Lage Martins, o Cine Diversidade surgiu de duas iniciativas na cidade que discutiam gênero e sexualidade a partir do cinema – uma promovida pela Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero, da FMC, responsável por pensar a interseccionalidade da política pública de cultura e os movimentos LGBTQIA (em inglês, Lesbian, Gay, Bisexual, Transgender, Queer, Intersex e Asexual); e outra pelo Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais. “Em janeiro de 2017, juntamos as duas iniciativas como modo de fortalecer a ação e começamos a realizar periodicamente a ação conjunta no MIS Cine Santa Tereza.”
Ana Amélia explica que o objetivo do projeto é fomentar discussões com um público variado sobre as diversas questões relacionadas ao gênero e à sexualidade, considerando a diversidade de identidades, experiências e sujeitos, bem como a complexidade destes temas. “A partir de exibições comentadas buscamos contemplar tanto os aspectos políticos, sociais, econômicos, históricos, psicológicos, dentre outros, além dos elementos estéticos e de linguagem dos filmes na abordagem à sexualidade e ao gênero.”
Dessa forma, o público encontra, mensalmente, sessões comentadas de filmes de curta e longa-metragem nacionais e internacionais de diversos gêneros cinematográficos, como ficção, documentários e experimentais, selecionados a partir dos temas que contemplem essa diversidade, como visibilidade trans, famílias, mulheres lésbicas, pessoas bissexuais, binarismo de gênero, machismo e patriarcado, representação política.
Espaço de afirmação
Ana Amélia ressalta que, com o Cine Diversidade, busca-se, também, firmar o MIS Cine Santa Tereza como um local de encontro da população de LGBTQIA. Em 2016 foram oito sessões e só nesse primeiro semestre já foram oito, todas gratuitas e sempre às últimas terças-feiras do mês. Já foram apresentadas obras como “Meu nome é Jacque” (2016), de Ângela Zoé; “Família no Papel” (2011), de Fernanda Friedrich e Bruna Wagner; “Olhe para mim de novo” (2012), de Kiko Goifman e Cláudia Priscilla; ´Kátia” (2012), de Karla Holanda; e “Ingrid” (2016), de Maick Hannder.
O Cine Diversidade tem um público de cerca de 80 pessoas por edição, com faixa etária que varia entre 17 e 70 anos. A psicóloga Letícia Gonçalves, de 29 anos, moradora do centro, é uma frequentadora. “O Cine Diversidade é uma importante iniciativa de visibilidade e debate de temas centrais que atravessam as vidas da população LGBT na cidade."
O projeto repercute também entre os militantes e artistas do cinema. Jacson Dias, estudante de cinema e integrante do UNA-Se contra LGBTfobia e Coletivo Cinefronteira, também ressalta a importância. “O Cine Diversidade é um exemplo maravilhoso de como a representatividade importa. A cada sessão nos deparamos com filmes que remetem algo próximo a nós LGBTs, sem os clichês que estamos acostumados a ver na TV. Vida longa para esse projeto plural e inclusivo.”
Para Ana Amélia Lage, "o Cine Diversidade é uma possibilidade de ampliar, a partir do cinema, o debate sobre gênero e sexualidade, de combater a LGBTfobia e de consolidar esta pauta dentro da agenda cultural de Belo Horizonte."
O MIS Cine Santa Tereza fica à rua Estrela do Sul, 89, Santa Tereza. Telefone: (31) 3277-4699.
O MIS Cine Santa Tereza é mantido pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Fundação Municipal de Cultura. Segundo a gerente Ana Amélia Lage Martins, o Cine Diversidade surgiu de duas iniciativas na cidade que discutiam gênero e sexualidade a partir do cinema – uma promovida pela Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero, da FMC, responsável por pensar a interseccionalidade da política pública de cultura e os movimentos LGBTQIA (em inglês, Lesbian, Gay, Bisexual, Transgender, Queer, Intersex e Asexual); e outra pelo Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais. “Em janeiro de 2017, juntamos as duas iniciativas como modo de fortalecer a ação e começamos a realizar periodicamente a ação conjunta no MIS Cine Santa Tereza.”
Ana Amélia explica que o objetivo do projeto é fomentar discussões com um público variado sobre as diversas questões relacionadas ao gênero e à sexualidade, considerando a diversidade de identidades, experiências e sujeitos, bem como a complexidade destes temas. “A partir de exibições comentadas buscamos contemplar tanto os aspectos políticos, sociais, econômicos, históricos, psicológicos, dentre outros, além dos elementos estéticos e de linguagem dos filmes na abordagem à sexualidade e ao gênero.”
Dessa forma, o público encontra, mensalmente, sessões comentadas de filmes de curta e longa-metragem nacionais e internacionais de diversos gêneros cinematográficos, como ficção, documentários e experimentais, selecionados a partir dos temas que contemplem essa diversidade, como visibilidade trans, famílias, mulheres lésbicas, pessoas bissexuais, binarismo de gênero, machismo e patriarcado, representação política.
Espaço de afirmação
Ana Amélia ressalta que, com o Cine Diversidade, busca-se, também, firmar o MIS Cine Santa Tereza como um local de encontro da população de LGBTQIA. Em 2016 foram oito sessões e só nesse primeiro semestre já foram oito, todas gratuitas e sempre às últimas terças-feiras do mês. Já foram apresentadas obras como “Meu nome é Jacque” (2016), de Ângela Zoé; “Família no Papel” (2011), de Fernanda Friedrich e Bruna Wagner; “Olhe para mim de novo” (2012), de Kiko Goifman e Cláudia Priscilla; ´Kátia” (2012), de Karla Holanda; e “Ingrid” (2016), de Maick Hannder.
O Cine Diversidade tem um público de cerca de 80 pessoas por edição, com faixa etária que varia entre 17 e 70 anos. A psicóloga Letícia Gonçalves, de 29 anos, moradora do centro, é uma frequentadora. “O Cine Diversidade é uma importante iniciativa de visibilidade e debate de temas centrais que atravessam as vidas da população LGBT na cidade."
O projeto repercute também entre os militantes e artistas do cinema. Jacson Dias, estudante de cinema e integrante do UNA-Se contra LGBTfobia e Coletivo Cinefronteira, também ressalta a importância. “O Cine Diversidade é um exemplo maravilhoso de como a representatividade importa. A cada sessão nos deparamos com filmes que remetem algo próximo a nós LGBTs, sem os clichês que estamos acostumados a ver na TV. Vida longa para esse projeto plural e inclusivo.”
Para Ana Amélia Lage, "o Cine Diversidade é uma possibilidade de ampliar, a partir do cinema, o debate sobre gênero e sexualidade, de combater a LGBTfobia e de consolidar esta pauta dentro da agenda cultural de Belo Horizonte."
O MIS Cine Santa Tereza fica à rua Estrela do Sul, 89, Santa Tereza. Telefone: (31) 3277-4699.