As feiras já são uma tradição na história de Belo Horizonte. Por toda a cidade ao longo da semana pode-se tirar proveito das feiras livres e das permanentes, além das feiras de produtos orgânicos e do programa Direto da Roça. Todas essas iniciativas são fomentadas e têm o apoio da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).

Entre as feiras permanentes, a mais famosa é a da Afonso Pena (Feira de Artes e Artesanatos), que é considerada a maior feira permanente ao ar livre da América Latina. Ela é divi­dida em 16 seto­res, com mais de dois mil expo­si­to­res e cerca de dez mil tra­ba­lha­do­res dire­tos e indi­re­tos. Recebe, em média, 80 mil visi­tan­tes a cada domingo.

Já as feiras livres estão espalhadas por toda a cidade e, tradicionalmente, atendem aos moradores dos bairros nos quais estão localizadas. Caracterizam-se principalmente pela comercialização de hortigranjeiros, biscoitos e peixes, com variações a partir dos pontos de comercialização. São 116 feirantes beneficiados somente na Regional Centro-Sul, onde ocorrem 26 feiras livres - consulte o quadro abaixo.

Outra modalidade especial de comercialização que se impõe na cidade são as feiras livres de produtos orgânicos. Atualmente são 11 pontos ativos. São feiras caracterizadas pela comercialização de hortaliças, frutas e cereais cultivados segundo os princípios da agricultura orgânica, por pequenos produtores rurais e suas formas associativas. Uma alternativa para as atividades de agricultura urbana. Confira o quadro abaixo.

Já o programa “Direto da Roça” diz respeito às feiras de comercialização direta de produtores da agricultura familiar urbana aos consumidores, evitando atravessadores, com a garantia de preços justos para ambos. Atualmente são 21 pontos na cidade com previsão para 62 pontos. Confira os endereços neste link.

Nos últimos dias 16 e 17 de outubro, na rua Goiás, em frente à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), aconteceu a Feira Livre da Agricultura Familiar, que contou com expositores das feiras livres da capital.

“A nossa ideia é trazer para Belo Horizonte uma cultura de segurança alimentar que esteja baseada em uma boa alimentação, farta, variada e que tenha o cuidado com a produção livre de agrotóxico”, afirma Wagner Araujo, geógrafo da Subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional.

Wagner ressalta ainda que, além do objetivo de atender as necessidades nutricionais e econômicas das pessoas, o mais importante nesse processo é a ideia de emancipação econômica dos envolvidos na produção de alimentos de qualidade.

Um deles é o senhor Benvindo, que é feirante há mais de 18 anos e expositor da Regional Centro-Sul na Feira Livre da Praça Afonso Arinos. “É importante esse trabalho da Prefeitura, que sempre ajuda o pessoal aqui”, afirma Benvindo.

A senhora Joelma trabalha com a horta comunitária e também expôs na Feira Livre da Agricultura Familiar. Ela enfatiza que no grupo dela são 14 famílias, que, juntas, atendem a três escolas municipais e dois restaurantes. O espaço é aberto para visita das crianças das escolas que, além de aprenderem como se faz o plantio e o cultivo, aprendem sobre alimentação saudável sem agrotóxicos.

A PBH fornece suporte para todas as feiras, com cessão de espaço, garantia de segurança e serviço de limpeza. Também presta assistência técnica para os envolvidos nas feiras de produtos orgânicos e no programa Direto da Roça.  

Feiras livres na Regional Centro-Sul