20 July 2017 -
Dragões voadores, avestruzes, cachorros, guardas de congado e palhaços dividem o mesmo espaço, erguido em uma esquina do bairro Miramar, na região do Barreiro. Nas mãos de crianças, jovens e adultos com deficiências o acervo de espetáculos vikings, circenses e de contos africanos se torna parte das mais fantásticas histórias.
Ateliê, espaço de oficinas e de exposição e teatro com capacidade para 50 lugares, a sede da Associação de Teatro de Bonecos Origens (ATBO) é, acima de tudo, um lugar de inclusão. No espaço destinado à criação e produção de bonecos das mais variadas técnicas, às aulas e ensaios, oficinas, apresentações e visitas guiadas, é realizada a bonecoterapia.
Além da sala de recursos pedagógicos voltados para a promoção da interação, inclusão social e desenvolvimento das capacidades cognitivas e motoras de pessoas com deficiências, há também um palco para apresentações. De frente pra ele é possível conhecer e se emocionar com o trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Arte Terapia Boneco Especial, composto por pedagogos, psicólogos e professores da rede municipal de ensino.
“Temos trabalhado com portadores de síndrome de down, paralisia cerebral e dificuldade de aprendizagem e estamos iniciando nosso trabalho com autistas”, pontua o fundador e diretor da Cia de Teatro, Roberto Ferreira da Silva. “O empenho deles na superação e busca constante pela perfeição cênica geram benefícios não só para eles. As reações durante os espetáculos e conversas com os atores ao final, têm nos mostrado que o público também é beneficiado com a terapia”, avalia ele.
Entre os espetáculos apresentados pelo grupo estão o Aprendiz de Bonequeiro e O Construtor de Bonecos, com quatro atores do projeto Boneco Especial, e o formato de aula-espetáculo, cujo intuito é possibilitar a reflexão e o debate com o público.
A poucos metros da sede, a Escola Municipal Dulce Maria Homem conhece bem o trabalho do grupo. “Os alunos viram de perto o processo de criação e conheceram os diversos tipos de bonecos”, lembra a vice-diretora Fátima Ferreira.
Pais e professores também participaram de visitas guiadas, discussões e, é claro, assistiram aos bonecos em cena. O envolvimento de toda a comunidade escolar surgiu a partir de um projeto de teatro de bonecos feito na disciplina de artes com os alunos do primeiro e terceiro ciclos. Mas o projeto pedagógico cresceu tanto que envolveu todos os públicos da escola e despertou neles o desejo de mostrar o grupo para outras pessoas. “Notamos que muitos que moram no entorno não conheciam o trabalho. Nos empenhamos muito em ajudar a divulgar, para que outros tenham a oportunidade de ver de perto essa fantástica iniciativa”, afirma a vice-diretora.
Arte-educação
Ateliê, espaço de oficinas e de exposição e teatro com capacidade para 50 lugares, a sede da Associação de Teatro de Bonecos Origens (ATBO) é, acima de tudo, um lugar de inclusão. No espaço destinado à criação e produção de bonecos das mais variadas técnicas, às aulas e ensaios, oficinas, apresentações e visitas guiadas, é realizada a bonecoterapia.
Além da sala de recursos pedagógicos voltados para a promoção da interação, inclusão social e desenvolvimento das capacidades cognitivas e motoras de pessoas com deficiências, há também um palco para apresentações. De frente pra ele é possível conhecer e se emocionar com o trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Arte Terapia Boneco Especial, composto por pedagogos, psicólogos e professores da rede municipal de ensino.
“Temos trabalhado com portadores de síndrome de down, paralisia cerebral e dificuldade de aprendizagem e estamos iniciando nosso trabalho com autistas”, pontua o fundador e diretor da Cia de Teatro, Roberto Ferreira da Silva. “O empenho deles na superação e busca constante pela perfeição cênica geram benefícios não só para eles. As reações durante os espetáculos e conversas com os atores ao final, têm nos mostrado que o público também é beneficiado com a terapia”, avalia ele.
Entre os espetáculos apresentados pelo grupo estão o Aprendiz de Bonequeiro e O Construtor de Bonecos, com quatro atores do projeto Boneco Especial, e o formato de aula-espetáculo, cujo intuito é possibilitar a reflexão e o debate com o público.
A poucos metros da sede, a Escola Municipal Dulce Maria Homem conhece bem o trabalho do grupo. “Os alunos viram de perto o processo de criação e conheceram os diversos tipos de bonecos”, lembra a vice-diretora Fátima Ferreira.
Pais e professores também participaram de visitas guiadas, discussões e, é claro, assistiram aos bonecos em cena. O envolvimento de toda a comunidade escolar surgiu a partir de um projeto de teatro de bonecos feito na disciplina de artes com os alunos do primeiro e terceiro ciclos. Mas o projeto pedagógico cresceu tanto que envolveu todos os públicos da escola e despertou neles o desejo de mostrar o grupo para outras pessoas. “Notamos que muitos que moram no entorno não conheciam o trabalho. Nos empenhamos muito em ajudar a divulgar, para que outros tenham a oportunidade de ver de perto essa fantástica iniciativa”, afirma a vice-diretora.
Arte-educação
Com vocação itinerante, o grupo já percorreu diversos espaços públicos no caminhão palco que tem. Por meio de editais de leis de incentivo à cultura, os bonecos já estiveram em praças e parques da cidade e visitaram outras cidades de Minas e de estados, como São Paulo e Curitiba.
O grupo também vai a escolas e participa de eventos levando o Miniteatro de Bonecos. A caixa como a dos fotógrafos antigos, os “lambe lambes”, é um convite à aproximação e observação individual. No palco de aproximadamente 50 centímetros, personagens feitos com materiais diversos, sobretudo recicláveis, mostram, em cenas de um minuto, fragmentos da realidade de idosos e pessoas com deficiência.
A ATBO tornou-se referência como a primeira sala específica de teatro de bonecos de Belo Horizonte. Por meio de 12 projetos aprovados na Lei Municipal de Incentivo à Cultura, a metodologia de arte-educação utilizada pelo grupo já foi mostrada em teatros, escolas, praças e eventos. A partir dessa inserção ganhou fôlego para alçar voos mais altos. O grupo, que nasceu pequeno em uma padaria, hoje representa o país no Conselho de Educação, Desenvolvimento e Terapia da União Internacional de Marionetes (Unima).
Roberto Silva desenvolve, junto à instituição, projetos inovadores em âmbito mundial, usando a arte terapia para o desenvolvimento das pessoas com deficiências. A metodologia em utilizar o boneco para promover a estimulação cognitiva e motora de crianças portadoras de necessidades especiais na escola, na clínica e em casa também está registrada no livro Boneco Especial, Arte Terapia e Inovação Social, escrito por ele e publicado pela editora Nandyala.
Apoio municipal
A ousadia que levou o grupo tão longe continua movendo a equipe. O mais novo projeto é a realização de um seminário internacional de arte terapia em setembro, a primeira ação do Núcleo de Educação, Desenvolvimento e Terapia da Unima na América do Sul. “Vamos trazer diversos convidados internacionais para discutirmos a relação entre a cultura e a saúde”, informa Roberto.
Mais uma vez, o apoio da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura, é decisivo para o grupo – e a descentralização é marca dessa parceria. O evento será realizado no Teatro Raul Belém Machado, bairro Alípio de Melo, no primeiro complexo cultural de grande porte construído pela Prefeitura fora do perímetro da Avenida do Contorno, o Espaço Cênico Yoshifumi Yagi.
“Nossa ideia é levar os profissionais de educação e saúde do município para discutirem a metodologia conosco. Metade dos convites serão destinados a eles”, garante Roberto. Parte do seminário será realizada na sede da Companhia de Teatro de Bonecos Origens, na Rua Triunfo, 200, bairro Miramar, região do Barreiro. A programação do teatro pode ser conferida na página da associação.