O Centro Especializado de Atendimento à Mulher - CEAM Benvinda, da Prefeitura de Belo Horizonte, é um importante equipamento de apoio a mulheres em situação de violência doméstica e familiar em função do gênero. O trabalho é focado no acompanhamento dessas mulheres promovendo autonomia e contribuindo para a construção de estratégias para o rompimento das situações de violência.

O Benvinda funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, atendendo mulheres residentes em Belo Horizonte a partir dos 18 anos. O atendimento é sigiloso, não gera denúncias e não requer registro de ocorrência ou processo judicial. As mulheres podem acionar a equipe pelo telefone (31) 98873-2036 ou por e-mail: ceambenvinda@pbh.gov.br.

O equipamento está localizado na Rua Hermilo Alves, 34, no Bairro Santa Tereza, próximo às avenidas do Contorno e dos Andradas. No local, uma equipe composta por assistentes sociais e psicólogas acolhe as mulheres, ofertando um atendimento humanizado e acolhedor. A presença da Guarda Municipal é uma estratégia importante adotada pela PBH para garantir a segurança da unidade.

O Benvinda, equipamento gerido pela Diretoria de Políticas para as Mulheres (DIPM), vinculada à Subsecretaria de Direitos Humanos (SUDH), conta com um espaço destinado ao atendimento de crianças e adolescentes que acompanham as mães. Esse espaço tem como objetivo minimizar os impactos da violência doméstica por meio de atividades lúdicas, promovendo um ambiente mais acolhedor.

Atuação em Rede

A atuação do CEAM Benvinda vai além do atendimento presencial. O trabalho é articulado com a Rede Municipal de Serviços de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência de Belo Horizonte (Rede BH), que integra diversos órgãos e instituições, como as políticas de assistência social, de saúde, Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte, polícias Civil e Militar, Defensoria Pública, Ministério Público, entre outros. Essa articulação visa garantir o encaminhamento adequado das mulheres, facilitando o rompimento do ciclo de violência.

Para sistematizar esse trabalho e evitar que as mulheres percorram diversos serviços sem solução eficaz, a Prefeitura de Belo Horizonte, em parceria com a Fiocruz, desenvolveu um protocolo de atendimento. Esse protocolo busca integrar os serviços de atendimento à mulher, criando uma rede de atendimento humanizada e eficiente.

O principal objetivo do protocolo é fortalecer a atuação intersetorial e padronizar os fluxos de atendimento. Dessa forma, pretende-se prevenir o agravamento das situações de violência e oferecer suporte adequado às vítimas, desde a detecção precoce dos casos até o acompanhamento contínuo. Assim, busca-se evitar a chamada “rota crítica”, em que a mulher passa por diversos serviços sem obter uma solução efetiva.

O documento enfatiza princípios como integralidade, equidade e humanização no atendimento, considerando as diferentes necessidades das mulheres em situação de violência. Fatores como classe social, raça, idade, deficiência e identidade de gênero são levados em conta para garantir um atendimento de qualidade, respeitoso e sensível. Além disso, o protocolo prevê diretrizes para a formação contínua dos profissionais, assegurando que os atendimentos sejam realizados com eficiência e empatia.