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Agricultores concluem formação em agroecologia e construção social de mercados

Agricultores concluem formação em agroecologia e construção social de mercados

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A Prefeitura de Belo Horizonte realiza, nesta sexta-feira (1º), a cerimônia de certificação de agricultores que participaram do Ciclo de Oficinas sobre Agroecologia e Construção Social de Mercados e do Curso de Promotores e Promotoras da Agroecologia. As certificações serão entregues na sede da Prefeitura (Avenida Afonso Pena, 1212, auditório 1), às 14h, a 50 agricultores urbanos que participaram da formação.

Foram trabalhados temas como planejamento produtivo, cuidado e formação de solo, adubação, plantio, colheita, controle biológico, recuperação e preservação das águas e outros. A formação foi realizada entre março e agosto, com atividades presenciais e atividades nas comunidades. A metodologia do curso de Promotores e Promotoras da Agroecologia foi inspirada na “metodologia de Camponês para Camponês”, que traz como princípio o desenvolvimento da construção do conhecimento agroecológico de pessoa para pessoa em um ambiente de troca de experiências, e aprimorada para responder às demandas, especificidades e desafios dos territórios de Belo Horizonte.  A primeira edição do curso ocorreu em 2018/2019. 

Outro eixo trabalhado foi a comercialização de itens cultivados nas unidades produtivas da cidade, a partir da Construção Social de Mercados. A proposta foi fortalecer a gestão das atividades produtivas e comerciais de agricultoras e agricultores urbanos e familiares em Belo Horizonte e região. Neste eixo, foram discutidos temas como planejamento da produção, logística, preço e beneficiamento, organização social, mercados e legislações, e uso das mídias na comercialização. A expectativa é que os agricultores e as agricultoras ampliem as capacidades de comercialização, fomentando tanto a geração de renda quanto o acesso da população a alimentos agroecológicos. 

As ações fazem parte do objetivo estratégico para o triênio 2022-2024 da Política Municipal de Apoio à Agricultura Urbana, gerida pela Subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional, como destaca a subsecretária, Darklane Rodrigues: “Os dois eixos formativos integram uma estratégia maior da Prefeitura, que é consolidar a agroecologia como estratégia de fortalecimento de sistemas alimentares sustentáveis e em consonância com os objetivos de desenvolvimento sustentável, fomentando o acesso à alimentação adequada, a produção de alimentos, a autonomia de agricultores e agricultoras e a construção social de mercados para agricultura urbana e agricultura familiar.” 

A secretária municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, Rosilene Rocha, e o deputado Federal e ex-prefeito de Belo Horizonte, Patrus Ananias, autor da Emenda que viabilizou o projeto, também participam da cerimônia de formatura. 

Processos participativos

As formações tiveram investimento de 200 mil reais, recebidos por meio de emenda do Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, e foram realizadas em parceria  com a Organização da Sociedade Civil - Rede de Intercâmbio de Tecnologias Alternativas (REDE).

Além dos temas da agricultura urbana, cooperativismo e associativismo, construção social de mercados, economia popular solidária, formas de organização social, as formações trabalham temas transversais, como gênero, relações etnico-raciais, juventudes, ancestralidades, saúde e cultura. 

O projeto prioriza públicos vinculados à política municipal de segurança alimentar e nutricional, especialmente nas áreas de produção e abastecimento de alimentos, sendo, agricultoras/es urbanas/os de referência da Região Izidora/Programa Territórios Sustentáveis; Quilombo Mangueiras e de unidades produtivas coletivas/comunitárias atendidas pela Prefeitura e com potencial de produção de alimentos para comercialização;  feirantes dos programas de comercialização da Subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional; agricultoras/es integrantes do Sistema Participativo de Garantia da RMBH; servidores; profissionais da educação; produtores de alimentos e outros potenciais multiplicadores dos princípios e práticas da agroecologia.