26 Fevereiro 2018 -
Com boné bege, camisa polo branca, calça esportiva azul escuro e tênis preto, o odontólogo Francisco Fraga, de 59 anos, faz com desenvoltura os exercícios no esqui, um dos 12 aparelhos da Academia a Céu Aberto da Praça Juscelino Kubitschek, no bairro Sion, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Fraga marca presença pelo menos quatro vezes por semana no local, onde utiliza a maior parte dos equipamentos, como supino, alongador e simulador de remo, entre outros.
“Venho sempre, ainda mais agora que estou me recuperando de uma cirurgia nos joelhos. Coloquei prótese nos dois”, conta ele, que é morador do bairro Serra, não muito distante da Praça JK. “A academia aqui tem um público cativo, é muito frequentada”, observa Fraga, que reserva o período matutino para as atividades físicas.
Conforme relatório da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) produzido pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, 6.500 pessoas, em média, utilizam diariamente as 407 Academias a Céu Aberto existentes na cidade. O número tende a aumentar, considerando que outras 23 academias serão instaladas até dezembro deste ano, o que vai elevar para 430 unidades, no total.
“É muito bem-vinda essa notícia. A Prefeitura está investindo na coisa certa. O benefício é para toda a sociedade, sem distinção. Eu adoro vir aqui, acho muito melhor que as academias fechadas. Aqui é arborizado, ventilado, muito agradável”, diz a aposentada Edna Moraes, de 58 anos.
Residente no Sion, Edna frequenta a Praça JK diariamente desde outubro passado, sempre com o mesmo ritual, no período das manhãs. Faz dez voltas de caminhada em torno da praça, totalizando sete quilômetros, e utiliza, em seguida, quase todos os aparelhos da academia, onde costuma ficar até por uma hora e meia. “Sinto que são muitos os benefícios. Já perdi quatro quilos desde que comecei”, relata.
Manutenção
Além da expansão, a PBH já providenciou o investimento de R$ 300 mil em manutenção e reparos. São 1.662 peças adquiridas para reposição de equipamentos em 319 academias. Ou seja, quase 80% por cento das unidades passarão por reparos. A mão de obra a ser utilizada nesses serviços é da própria PBH, por meio das nove regionais, o que vai gerar economia aos cofres públicos.
Cerca de 70% desses reparos é consequência de atos de vandalismo, enquanto 30% decorrem de mau uso ou desgaste natural do equipamento. Vale observar que em todos os locais de instalação das academias estão afixadas placas com informações didáticas sobre uso correto dos aparelhos.
“Uma população que pratica atividades físicas é uma população mais saudável. Nesse sentido, Belo Horizonte está bem assistida, com um número suficiente de academias distribuídas pelas nove regionais. Mas é importante que os cidadãos e usuários tenham consciência quanto à manutenção desses equipamentos, que são um bem público. O zelo deve ser de todos”, observa o secretário municipal de Esportes e Lazer, Elberto Furtado.
O programa Academia a Céu Aberto possibilita a prática de exercícios físicos ao ar livre e maior socialização da comunidade. As 407 academias encontram-se instaladas em áreas públicas como praças, parques e canteiros, nas nove regionais da cidade, distribuídas da seguinte forma: Centro-Sul (37), Pampulha (52), Norte (39), Nordeste (54), Noroeste (47), Barreiro (52), Venda Nova (35), Oeste (42) e Leste (49).