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Prevenção e combate a incêndios

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Comprovadamente vantajosos e benéficos para os municípios e sua população, os parques urbanos proporcionam um contato mais próximo das pessoas com o verde, além de promover a melhoria da qualidade ambiental das cidades, pois evitam ou diminuem impactos ambientais causados pelo adensamento da malha urbana, como a impermeabilização do solo, enchentes e desabamentos de terra. Além disso, essas áreas verdes possibilitam a manutenção dos serviços ecossistêmicos ao promover a melhoria da qualidade do ar, do solo e dos recursos hídricos, conservar significativamente a diversidade da fauna e da flora e permitir a realização de atividades relacionadas ao turismo ecológico, culturais e de promoção à saúde e bem-estar. 

 

Todavia, com o aumento da densidade demográfica urbana, ao longo das décadas, o meio natural foi sendo substituído por espaços urbanos, muita vezes, sem um planejamento adequado, acarretando um mau uso desses equipamentos e gerando vários conflitos entre as áreas verdes e seus munícipes, principalmente com a comunidade do entorno. 


Dentre os impactos causados pela ocupação humana nas cidades, estão os incêndios florestais que podem alcançar grandes áreas, alterando o habitat e afetando direta e indiretamente a qualidade socioambiental. O uso incorreto do fogo é um dos principais responsáveis por problemas ambientais, econômicos e sociais, causando a redução de habitats e da biodiversidade; extinção de espécies da fauna e da flora; extinção e poluição de nascentes e cursos d’água; destruição de reservas e de áreas de preservação; infertilidade e empobrecimento do solo; aparecimento de processos erosivos e assoreamento;  aumento da sensação térmica; aumento dos gastos públicos para reparar os danos causados pelos incêndios; destruição de patrimônios públicos e privados; além de causar acidentes em rodovias, interrupção de transmissão de energia elétrica e agravamento de problemas de saúde. As causas mais comuns dos incêndios florestais em parques urbanos são decorrência da queima de lixo doméstico, folhas e resto de poda e uso do fogo para limpeza inadequada de terrenos baldios, manifestações religiosas próximas às vegetações, podendo ser de origem criminosa e intencional ou acidental. 

 

O fogo é um fenômeno natural que sempre fez parte da natureza, estando presente em todos os lugares, sendo direta ou indiretamente. Proveniente de uma reação química, caracterizada pelo desprendimento de luz e calor, para iniciá-lo são necessários três elementos: matérias e substâncias inflamáveis (combustível), oxigênio (comburente) e calor.

 

O fogo descontrolado, também chamado de incêndio, mata e afugenta animais, destrói árvores, polui o ar e as águas, pode deixar a cidade sem eletricidade, pode causar acidentes nas rodovias, além de provocar doenças respiratórias. Muitos desses danos podem causar vários prejuízos para a biodiversidade, perdas financeiras e, até mesmo, colocar em risco a vida de pessoas e de animais.

 

A prevenção dos incêndios florestais é um conjunto de medidas que almeja anular ou reduzir a probabilidade de se iniciar o fogo e, consequentemente, mitigar seus efeitos. Sendo assim, torna-se essencial elaborar planejamento estratégico de prevenção e combate aos incêndios florestais, já que, anualmente, impactadas pelos distúrbios provenientes dos incêndios florestais, as áreas de proteção sofrem danos não somente ambientais, mas também econômicos e sociais. Em decorrência da imprevisibilidade dos recursos humanos e financeiros para o controle dos incêndios florestais, cabe aos gestores das áreas protegidas escolher métodos mais eficientes em ações de prevenção (educação ambiental), gestão de combustível (queima prescrita, manutenção de aceiros e pontos de água) e medidas de restauração.  

 

Portanto, o grande desafio em qualquer meio urbano, é estabelecer o equilíbrio entre os sistemas naturais e antrópicos. Por isso, é tão importante que a população tenha conhecimento e ajude na prevenção de incêndios na cidade. 
 

 

A Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica realiza, anualmente, campanhas de educação ambiental no entorno dos parques, com a comunidade e parceiros, visando a prevenção de incêndios florestais. Além disso, elaborou e mantém constantemente atualizado um Plano Integrado de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (PIPCIF/FPMZB), do qual também fazem partes organizações gestoras de outras áreas verdes contíguas ou próximas às matas dos maiores e principais parques municipais de BH, além da ONG Brigada 1 e órgãos governamentais atuantes na gestão ambiental. 

Acompanhe aqui as novidades! 

 

Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios FPMZB 2023: materiais educativos para download

Quer ajudar na conscientização de seus amigos, vizinhos, familiares para prevenirmos os incêndios florestais juntos? 

Baixe aqui o material educativo e envie nos grupos de whatsapp. Se desejar receber cartazes para afixar no seu condomínio ou comércio, envie um e-mail para comunicacaofpmzb@pbh.gov.br e solicite o material impresso (deverá ser retirado, a combinar, em um dos parques municipais de BH ou na Zoobotânica)

 

Folder (formato A4, duas dobras, para impressão)

PDF educativo (mesmo conteúdo do folder, em formato para leitura digital)

Cartaz (formato A3)

 

 

 

Entenda um pouco mais sobre o fogo e suas consequências

Você sabe a diferença entre queimada e incêndio?

 

A queimada refere-se ao fogo (combustão) controlado, supervisionado e autorizado que ocorre em qualquer tipo de combustível (ex.: vegetação, papéis, etc). Já o incêndio refere-se ao fogo descontrolado que ocorre em qualquer tipo de combustível, sendo que um dos mais danosos é quando acomete a vegetação. 

 

 

Incêndios Florestais

 

Os incêndios são a maior fonte de danos às florestas de todo o mundo. No Brasil, acredita-se que mais de 95% dos incêndios florestais sejam causados pela ação descuidada ou intencional do homem. É na época de estiagem, quando o ar está mais seco e chove pouco, que os incêndios ocorrem com maior frequência e intensidade. Na região de Belo Horizonte, normalmente, esse período vai de junho a outubro. 

 

Quais as principais consequências dos incêndios em matas e parques?

- Morte de animais e plantas, desequilibrando o ecossistema;
- prejuízos financeiros e materiais, como a destruição de casas, de carros e de rede elétrica;
- danos à saúde da população, como problemas respiratórios, do coração e do sistema nervoso, além de intoxicações, alergias e conjuntivite;
- prejuízos na prestação de serviços públicos, como energia elétrica;
- fechamento temporário dos parques;
- degradação do solo pela destruição da cobertura vegetal, ressecamento e erosão do solo e assoreamento de nascentes e cursos d´água;
- impactos negativos no clima, pois a fumaça das queimadas libera gás carbônico, ampliando o efeito estufa e contribuindo para o aumento das temperaturas. 

De forma mais direta, o papel mais importante do cidadão é o da prevenção. A maioria dos incêndios em áreas verdes é causada por ação humana (não intencional ou mesmo criminosa). É muito importante que as pessoas abandonem hábitos antigos e muito prejudiciais ao meio ambiente, como colocar fogo em lixo, em resíduos de podas e, principalmente, em pneus velhos. Além da fumaça dos incêndios prejudicar a qualidade do ar, deixando o tempo mais seco, as faíscas e fuligem podem percorrer grandes áreas e atingir matas do entorno, causando outros focos de incêndios. Os cidadãos devem evitar soltar fogos de artifício e fazer fogueiras, que também podem provocar incêndios em outras devido à suspensão de partículas. Outro hábito comumente realizado pelas pessoas, e que pode causar graves incêndios florestais, é o uso do fogo para limpeza de lotes ou para realizar pastagens para criação de animais.

É preciso que todos repensem sua maneira de se relacionar com o meio ambiente, mudando hábitos de consumo, reduzindo a produção de lixo e o consumo de descartáveis, praticando a reciclagem na tentativa de frear a intensificação dos efeitos estufa e das mudanças climáticas (aquecimento global). 

Por isso, fique atento a estas dicas:

  • não faça fogueiras nos parques;
  • não jogue cigarros e palitos de fósforo acesos em qualquer lugar. Certifique-se que eles estão apagados e descarte-os nos locais apropriados;
  • não utilize velas de nenhum tipo próximo à vegetação;
  • não faça rituais religiosos em áreas e matas usando fogo;
  • evite soltar fogos de artifício e balões (as faíscas podem se alastrar facilmente);
  • não coloque fogo no lixo: descarte-o corretamente em locais adequados. Utilize as URPV's (Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes) da Prefeitura para o descarte de podas, entulho, terra, pneus, colchões e móveis em geral. Confira aqui os endereços das URPV's em BH

A Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB), instituição pública responsável por administrar os parques municipais de BH, atua na prevenção e combate de incêndios em suas áreas verdes. Para isso, desenvolveu um Plano Integrado de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (PIPCIF), atualizado anualmente, que conta com ações específicas de acordo com as características desses parques. Esse Plano Integrado tem como objetivo principal minimizar os danos causados (ao meio ambiente e à população) pela ocorrência de incêndios florestais nas áreas de abrangência do Corredor Ecológico da Serra do Curral, por meio da integração das instituições parceiras e colaboradores. Desta forma, é possível otimizar os recursos disponíveis e potencializar as ações de combate e prevenção aos incêndios florestais nessas áreas. 

 

Conheça as ações da FPMZB para a prevenção e combate a incêndios em parques municipais

A FPMZB possui um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o Instituto Estadual de Florestas (IEF) visando fortalecer, organizar e coordenar os esforços em prol da prevenção, controle e combate aos incêndios florestais. Diversos órgãos e organizações, inclusive equipes da força tarefa Previncêndio (Programa Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais) participam do Plano Integrado de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (PIPCIF) da Serra do Curral.

 

Ações executadas dentro do PIPCIF da FPMZB

Para prevenção de incêndios:

 

- promoção de cursos de formação de brigadistas voluntários para combate a incêndios;
- capacitação de servidores e empregados dos parques municipais;
- capacitação de moradores vizinhos aos parques municipais;
- capacitação de funcionários das empresas e entidades parceiras integrantes do PIPCIF do Corredor Ecológico da Serra do Curral;
- promoção de palestras internas e externas de conscientização, sensibilização e estruturação para o enfrentamento aos incêndios florestais;
- confecção e manutenção de aceiros ao longo das áreas dos parques;
- roçadas, capinas e recolhimentos de lixos, de forma rotineira, nos parques;
- aquisição de equipamentos e ferramental de combate e equipamentos de proteção individual para o enfrentamento dos incêndios de forma mais eficaz e segura;
- manutenção dos equipamentos e ferramental de combate;
- desenvolvimento de atividades de sensibilização, conscientização e educação ambiental.

 

Para combate a incêndios:

 

- combate aos focos de incêndios florestais dentro e no entorno dos parques municipais;
- coordenação das operações de combate;
- a FPMZB integra o Sistema de Comando de Operações instalado para a gestão das grandes operações.

 

Materiais específicos e mão de obra treinada

 

A FPMZB dispõe de almoxarifado exclusivo com equipamentos e materiais de combate a incêndios e uma brigada de combate a incêndios própria, formada por todos os gerentes de parques e outros servidores.

Todos os brigadistas e combatentes (da FPMZB e dos órgãos parceiros) são treinados conforme o Plano Operacional Padronizado, onde estão descritas as diretrizes-padrão para todas as etapas de prevenção e combate, com o fluxograma das ações. 

 

A importância dos aceiros nos parques municipais

A FPMZB realiza, de forma contínua, ações preventivas contra os incêndios em vegetação nas suas unidades. Porém, nos meses de maio a julho, elas são intensificadas visando o enfrentamento do período de estiagem. 

 

Dentre as ações destinadas ao manejo específico das áreas verdes, está a realização de aceiros – faixas de solo exposto, sem vegetação, que normalmente estão localizadas ao longo das cercas e muros de divisa das unidades com as casas e outras áreas naturais. A finalidade desses aceiros é dificultar ou até mesmo impedir a continuidade de propagação do fogo, podendo também serem utilizados como vias de acesso pelos combatentes, no caso de uma operação. 

 

Além disso, uma rede planejada de aceiros aumenta as chances de contenção das chamas em um incêndio, visto que permite segregar grandes áreas densamente vegetadas em áreas menores e, muitas vezes, é usado para impedir que o fogo atinja estruturas e ambientes sensíveis. Anualmente, são revisados e refeitos os aceiros de diversos parques em todas as regionais da capital, trabalho este que se repete mensalmente até a chegada do período chuvoso. 

 

Outra ação importante realizada pela Fundação, sob coordenação dos gerentes dos parques, é a retirada do lixo, muitas vezes descartados dentro e nas bordas das unidades, e a gestão dos resíduos orgânicos como folhas e galhos secos. 

 

 

Curso de formação de Brigadistas Voluntários

A FPMZB oferece, em parceria com o Instituto Estadual de Florestas (IEF), a Associação Brigada 1(B1) e com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), o curso de Formação de Brigadista Florestal Voluntário com atividades realizadas em diferentes parques municipais. 

Nos últimos cinco anos, foram formadas mais de 1000 pessoas aptas a atuarem no combate a incêndios em vegetação. O curso é gratuito e, desde 2019, aberto à participação da população com inscrição prévia. 

As atividades contam com um módulo teórico e outro prático, totalizando 24h de treinamento. O objetivo é capacitar pessoas, formando uma rede de colaboradores, para atuarem nas atividades de prevenção e de combate aos incêndios em parques e demais áreas da cidade, além de possibilitar a reciclagem e atualização de conhecimentos. 

 

Realizados dentro dos parques de Belo Horizonte, os cursos de formação de brigadistas possibilitam aos participantes e futuros brigadistas conhecerem melhor a estrutura e o sistema organizacional dessas áreas verdes. O intuito é de que esses novos colaboradores estejam familiarizados com o ambiente de possível atuação preventiva ou de combate a incêndios, além de evidenciar as qualidades dos parques, fomentando futuras visitas para lazer. 

 

Os cursos acontecem todos os anos, em várias edições, conforme identificação da necessidade. Confira aqui nesta página a agenda de cursos. 

 

Confira aqui a agenda de cursos: 

 

Curso 2023

 

Parceiros da FPMZB para ações de combate a incêndios

Além do Instituto Estadual de Florestas (IEF/MG), importantes parceiros têm somado esforços para  a boa execução do PIPCIF da FPMZB.


Associação Brigada 1

Parceira da FPMZB  no combate e prevenção dos incêndios florestais. A Associação Brigada 1 é uma entidade civil sem fins lucrativos, fundada em 2003, e que atua voluntariamente na prevenção e combate aos incêndios florestais em todo o território nacional. A cada ano, a entidade capacita novos voluntários.

 

Para mais informações, para apoiar a Associação ou para se tornar um(a) brigadista florestal voluntário (a), acesse:

www.brigada1.org.br

Facebook: @brigada1.bh

Instagram: @brigada1.bh

Contato: correio@brigada1.org.br

 

 

Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG)

Mantém parceria com a FPMZB por meio do Projeto Revitalizar, que visa direcionar pessoas sentenciadas por crimes de menor potencial para cumprimento de penas alternativas em trabalhos comunitários, realizados nos parques da cidade. Mais de 500 participantes do Projeto passaram pela formação de brigadistas florestais, muitos dos quais permanecem integrando a rede. A proposta é construir uma cultura de prevenção e combate a incêndios na capital, formando multiplicadores de todos os perfis. 

Outras dezenas de voluntários também foram capacitados por treinamentos recorrentes ofertados em parceria com as instituições conveniadas. 

 

Vale S/A

A FPMZB mantém um acordo com a Vale, que contempla a compra de instrumentos e materiais para os combates a incêndios e a instalação – já concluída – e manutenção/operação de 19 aspersores (tipo de irrigador que opera sob pressão e faz o lançamento do jato de água no ar) na área da Serra do Curral. Esses equipamentos são ligados rotineiramente para verificação de seu funcionamento (e ajudam a manter a região umidificada, ao mesmo tempo) e, quando em casa de combate, são utilizados para conexão de mangueiras e abastecimento de equipamentos, configurando-se como importantes instrumentos de apoio aos trabalhos em todas as matas que compõem o Corredor Ecológico ali localizado (áreas verdes da Oncomed, da EMPABRA, do Parque Florestal Estadual da Baleia, da Mata da Baleia, dos Parques Municipais Fort Lauderdale, Mangabeiras, e Serra do Curral).