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Plano de Manejo da Fauna Silvestre de Belo Horizonte

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A presença de animais silvestres em ambiente urbano pode ser compreendida como um sinal positivo, por representar uma importante e desejada biodiversidade. No entanto, a proximidade em relação às pessoas, habitações e estrutura urbana tende a intensificar os conflitos entre humanos e a fauna. Sem falar nas situações de emergência sanitária, com a circulação e propagação de zoonoses.
 
Foi com o intuito de mapear, prevenir e/ou tratar esses conflitos que a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Gerência de Defesa dos Animais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMMA, encomendou à Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), da UFMG, a elaboração de um diagnóstico da fauna silvestre presente na mancha urbana do município. O diagnóstico servirá como subsídio para a elaboração do plano de manejo de espécies silvestres que ocorrem em ambiente urbano e que são alvo de conflitos com seus moradores.
 
O principal objetivo para a elaboração desse diagnóstico é resultar na criação de planos de manejo por espécie, a serem implementados conforme as necessidades e as regionais administrativas, além de um plano de educação como elemento comum. O diagnóstico apresenta a situação atual, incluindo a identificação das espécies, conflitos envolvidos e a distribuição geográfica no município.
 
Na elaboração do diagnóstico, a Fundep fez parcerias com instituições como o WAITA Instituto de Pesquisa e Conservação, o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), o Laboratório de Virologia da UFMG, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de BH, e Laboratório de Evolução de Mamíferos da UFMG.
 
Foram definidas para constar no diagnóstico 11 espécies de aves (como o carcará, o urubu-preto, pombas, papagaios e corujas) e cinco de mamíferos (como mico-estrela, gambás, ouriços), além de todas as espécies de morcegos oriundas de um projeto com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).
 
Outras espécies reconhecidas como conflituosas em BH, como as capivaras e os quatis, já têm planos de manejo próprios e, portanto, não foram incluídos no estudo.