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Casa sendo construída em área na Região da Vila Tupi. Ao fundo, vegetação.
Foto: Adão Souza

BH em Pauta: Muro de Impacto

criado em - atualizado em

Os moradores da Vila Tupi/Mirante, região Norte de Belo Horizonte, têm uma vista privilegiada da cidade, mas também convivem com uma encosta que torna o local uma área com risco de deslizamento de terra e rolamento de pedras.

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Thomas Santos mora com a família há quatro anos na parte mais alta da encosta, e, desde que se mudou para o local, o medo de um deslizamento estava sempre presente. Até o dia em que a terra realmente desceu e chegou até o meio da parede do quarto da filha dele. Thomas entrou em contato com a Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel), que constatou a necessidade de uma obra. 

Segundo o chefe da divisão de assistência técnica e áreas de risco da Urbel, Nathan Mac Laren, Thomas havia feito um corte para construir o muro da casa, o que ocasionou o deslizamento de terra. “Primeiro fizemos um muro de arrimo para conter a encosta, mas quando voltamos para avaliar, constatamos que ainda havia o risco de rolamento de pedras. Então resolvemos fazer uma obra que nunca havíamos feito aqui em Belo Horizonte, mas que eu já havia sido executada no Rio de Janeiro, que foi o muro de impacto”, explicou o geólogo Nathan.

A Prefeitura de Belo Horizonte investiu cerca de R$ 170 mil na intervenção, que também englobou uma escadaria de acesso, com rede de drenagem e de esgoto, que, segundo Thomas, beneficiou a família dele, a do vizinho e também o restante dos moradores da região da encosta. “Aqui na vila uma casa é encostada na outra, então se acontece alguma coisa aqui em cima, vai descendo para as outras casas também.” 

Após a finalização da obra, Thomas se sentiu seguro e resolveu reformar a casa, que era bem precária e insalubre. Hoje, a casinha de cômodos pequenos dobrou de tamanho e, segundo o pedreiro, o conforto da família melhorou. “A escadaria facilitou muito o acesso, que era de terra e com canos expostos. Mas o mais importante é que dormimos tranquilos e seguros, o que antes da obra não acontecia.”