Pular para o conteúdo principal

PBH participa de editorial que traz artigo do corpo técnico da Biofábrica
Foto: Vinicius Santiago/PBH

PBH participa de editorial que traz artigo do corpo técnico da Biofábrica

criado em - atualizado em

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente participou do lançamento da nova edição do Informe Agropecuário, revista trimestral produzida pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG). Com o tema "Bioinsumos: das biofábricas à produção nas propriedades rurais", a publicação traz um artigo produzido pelo corpo técnico da Biofábrica de Joaninhas, dividindo os aspectos biológicos e reprodutivos desses animais, bem como as experiências do trabalho realizado pelo município no manejo de insetos e controle de pragas em plantações. 

Durante o lançamento foi realizada uma roda de conversas - com transmissão ao vivo -, que contou com a participação on-line do secretário municipal de Meio Ambiente, Zé Reis, do diretor de Operações Técnicas da Epamig, Trazilbo José de Paula Junior, da pesquisadora da instiuição, Madelaine Venzon, entre outras competências técnicas especializadas na temática. 

A edição aborda as diversas tecnologias existentes, como o uso de predadores e parasitoides, compostagem e vermicompostagem, boas práticas na produção e utilização de insumos microbiológicos, além do uso de insetos para alimentação animal, as quais integram esse novo paradigma no manejo de pragas e doenças e na melhoria da qualidade do solo. O capítulo sobre a Biofábrica, que ocupa sete páginas da edição, narra os estudos desenvolvidos na capital por meio do trabalho com os insetos, iniciado em 2018 no objetivo de produzí-los em massa e tornar possível o controle biológico de pragas em áreas verdes e hortas urbanas, sem demandar o uso de agrotóxicos ou pesticidas. As joaninhas e crisopídeos podem combater, de forma natural, populações de organismos indesejáveis em hortas, jardins, pomares e arborizações. Elas são insetos carnívoros que comem pragas como lagartas, pulgões e moscas brancas. 

Instalada na Casa Amarela, no Parque das Mangabeiras, a biofábrica funciona como um laboratório onde os insetos são criados com dieta e temperatura controladas. Eles são alimentados e colocados para acasalar e os ovos e larvas recebem cuidados para completar o ciclo até atingir a fase adulta. Uma vez que esse ciclo se completa, esses organismos estão disponíveis para a distribuição sob demanda, que pode ser solicitada por qualquer cidadão no Portal de Serviços da PBH

De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Zé Reis, "A Biofábrica é hoje, além de uma política pública que prima pela sustentabilidade, um laboratório técnico que norteia estudos e multiplica esses conhecimentos para dentro e fora do Brasil. Numa realidade onde o consumo descontrolado de nossos recursos naturais os leva a um colapso iminente, Belo Horizonte deixa seu legado de soluções baseadas na natureza e iniciativas responsáveis para vencer os desafios urbanos através da sustentabilidade", aponta. 

No último mês, a Biofábrica de Joaninhas também foi tema de um estudo de caso publicado pela organização mundial Metropolis, em plataforma on-line dedicada a apresentar programas, projetos e políticas bem-sucedidas de desenvolvimento urbano sustentável. Além disso, o tema já foi pauta em painéis da FutureCom - evento internacional de inovação; concorreu por 3 vezes consecutivas ao World Smart City Awards, saindo finalista de todas as edições; e participou, em 2019, de um intercâmbio científico na cidade de Caen, na França, para tratar dos resultados de sua implantação em BH.