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Horta no Parque das Mangabeiras é usada para atividade educativa e terapêutica
Foto: Wanderley Moura

Horta no Parque das Mangabeiras é usada para atividade educativa e terapêutica

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Além de toda riqueza de biodiversidade, o Parque das Mangabeiras Maurício Campos também abriga iniciativas importantes para a cidade. Uma delas é a horta, usada para atividades educativas com alunos da rede municipal da capital e terapêuticas. O espaço oferece variedade de hortaliças, além de girassóis, que fazem parte de um projeto de uso e reprodução de joaninhas, insetos que contribuem para o controle de pragas em lavouras e hortas e ajudam a melhorar a atmosfera dos centros urbanos. 

A horta do Parque das Mangabeiras é cultivada pela equipe técnica local e de projetos parceiros. Os alimentos colhidos têm diversos destinos. Um dos beneficiados é o programa Escola Integrada, da Secretaria Municipal de Educação, que utiliza o espaço para ensinar às crianças as técnicas de plantio e trabalhar conceitos da grade escolar em um ambiente externo, favorável à prática. Atualmente, a produção da horta conta com 2,9 mil mudas para reposição após as colheitas ou perdas em função de variações climáticas. 

No local, há uma rica variedade de verduras e legumes sendo cultivados, como alface, couve, coentro, almeirão, chuchu, alho poró, rúcula, mostarda e cebolinha. Taioba e serralha são produzidas de acordo com a época. Tomates também foram inseridos recentemente. 

Parte dos alimentos é destinada para consumo da Escola Municipal Senador Levindo Coelho, que fica ao lado do parque, e que também utiliza o espaço para atividades escolares. “Os parques são muito utilizados para lazer, descanso e entretenimento, mas também estão se consolidando como espaços importantes para práticas educativas e de saúde - não apenas física, mas também mental. A ideia de projetos como o da horta é oferecer opções que ajudem a promover, cada vez mais, uma ocupação desses espaços de forma sustentável, envolvendo a população com temáticas diversificadas e que impactam diretamente na qualidade de vida em toda a cidade”, explica a presidente da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, Aline Rolla. 

Espaço terapêutico

Localizada dentro do parque, ao lado da Casa Amarela, a horta também é utilizada como espaço terapêutico para pacientes da ONG Laço, que atende pessoas em sofrimento mental. O local conta com a dedicação e com os cuidados diários de dois funcionários da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB), além do apoio técnico da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) com o fornecimento de alguns insumos, entre eles joaninhas para controle de pragas. 

Para o secretário municipal de Meio Ambiente, Zé Reis, a parceria é muito positiva e reforça o cuidado do município com o desenvolvimento sustentável. “O que é feito na horta é um pequeno exemplo do que Belo Horizonte planeja e desenvolve no viés da sustentabilidade, bem como dos diversos projetos que administramos ao longo do ano. Por meio da ação dos insetos produzidos na Biofábrica, é possível eliminar as pragas e cultivar alimentos agroecológicos e livres de qualquer produto químico. O êxito dessa iniciativa mostra um olhar sensível da administração para o meio ambiente, a agroecologia, a segurança alimentar e qualidade de vida da população", afirma.