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Cartaz de divulgação do Bolsa Pampulha 2021/2022
Arte/Divulgação

Prefeitura de Belo Horizonte lança 8ª edição do Bolsa Pampulha

criado em - atualizado em

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Viaduto das Artes, lança a 8ª edição do Bolsa Pampulha, programa do Museu de Arte da Pampulha - MAP. Uma das mais importantes iniciativas que envolvem residência artística e estímulo à produção de artes visuais no cenário brasileiro, o mecanismo de fomento apresenta novidades nesta edição. Entre elas, amplia sua atuação e passa a abarcar os segmentos de design, arquitetura e arte-educação, além de artes visuais, o que irá aumentar o número de bolsas, passando de 10 para 16 selecionados. Também cria um recorte territorial, de forma a atender exclusivamente artistas, designers, arquitetos, educadores, entre outros, residentes em Belo Horizonte ou na região metropolitana da capital mineira, integrando os esforços da Prefeitura em apoiar o setor cultural da cidade que foi fortemente impactado pela pandemia de covid-19. As inscrições de interessados e interessadas em integrar o programa podem ser feitas a partir desta segunda-feira, 24 de janeiro, no site do Bolsa Pampulha.

 

O Bolsa Pampulha será realizado ao longo de seis meses, quando diversas atividades serão promovidas como parte integrante do programa, que tem início com a seleção dos bolsistas e prossegue com o período de residências artísticas. Também estão previstos encontros mensais, debates, oficinas, palestras - todas abertas ao público em geral, de forma presencial ou virtual -, além de uma mostra de encerramento e publicação de catálogo, ambos com as obras dos bolsistas contemplados. Todas essas atividades seguirão os protocolos sanitários vigentes de combate e prevenção ao contágio pela covid-19.

 

As mudanças nesta edição do Bolsa Pampulha visam atender às demandas da comunidade artística e ampliar o fomento às artes e cultura, conforme ressalta a secretária municipal de cultura e presidenta interina da Fundação Municipal de Cultura, Fabíola Moulin. “Conseguimos aumentar o número de bolsistas e abraçar novos segmentos, dialogando com pesquisas dos campos do design, arquitetura e arte-educação, em interseção com as artes visuais. Desse modo, trazemos maior amplitude ao Bolsa Pampulha, iniciativa que reforça o Museu de Arte da Pampulha como um dos mais importantes expoentes das artes visuais em Minas Gerais e no Brasil”, diz.

 

Novidades

 

Descentralizar o fomento às artes visuais é uma das propostas da edição que se inicia. A partir desse objetivo, a parceria com o Viaduto das Artes irá amplificar esse caráter de democratização artística. Como o Museu de Arte da Pampulha (MAP) encontra-se com o edifício sede em período de preparação para obras de restauro, as atividades presenciais, bem como as residências artísticas, serão realizadas no Viaduto das Artes, situado no Barreiro, onde irá funcionar o ateliê coletivo. Desta forma, o programa confirma sua expansão pela cidade e mantém a sede do MAP como importante ponto de diálogo e convergência.

 

A ampliação do programa para os campos do design, arquitetura e arte-educação visa observar outras formas de pesquisa e produção, que dialogam com a arte e a cultura visual. Os novos segmentos irão amplificar a transversalidade e dinamismo do projeto, características importantes para as artes contemporâneas. Cada uma das 16 bolsas, sejam elas individuais ou coletivas, tem o valor mensal de R$ 2 mil, acrescida de verba de R$5 mil para cada bolsista, disponibilizada para despesas com a apresentação final do resultado da residência.

 

Enquanto edição realizada durante a pandemia de covid-19, o 8º Bolsa Pampulha compreende seu compromisso com a comunidade local e, por isso, cria um recorte territorial nesta edição. Desse modo, o programa estará voltado exclusivamente à participação de artistas e pesquisadores residentes em Belo Horizonte ou em alguma das outras 33 cidades da região metropolitana da capital. “Com essa medida, reafirmamos nosso compromisso com o setor cultural de Belo Horizonte, assim como viemos fazendo desde o início da pandemia, garantindo um recorte ainda mais direcionado das nossas políticas públicas para fomentar os artistas e profissionais dos bastidores da nossa cidade, que foram gravemente afetados pela pandemia de covid-19”, explica Fabíola Moulin.

 

Outra novidade é a ampliação da faixa etária dos inscritos. A edição atual do Bolsa Pampulha passa a aceitar proponentes sem limite de idade máxima, entendendo que não existe um momento específico para começar uma pesquisa artística cultural. A única obrigatoriedade é ter mais de 18 anos.

 

Descentralização e território

 

Para fortalecer a compreensão da cidade expandida, as residências artísticas desta edição do Bolsa Pampulha se configuram como intercâmbio cultural em contato constante com o território ampliado de Belo Horizonte, envolvendo especialmente a Região Metropolitana de Belo Horizonte. Uma equipe curatorial fica responsável pelo acompanhamento e orientação, além de contribuir ao longo dos processos de pesquisa, formação, experimentação e criação.

 

Com a finalidade de potencializar a carreira de residentes que estão em processo de consolidação de suas trajetórias, serão aceitas inscrições de artistas, pesquisadores, coletivos ou grupos que tenham participado de até, no máximo, três exposições, mostras, plataformas, processos expositivos e publicações individuais em espaços institucionais.

 

Sobre o Bolsa Pampulha

 

O Bolsa Pampulha é um programa consolidado de artes visuais e se apresenta como uma das primeiras residências artísticas do Brasil. Sua origem remonta ao Salão Nacional de Arte da Prefeitura de Belo Horizonte, realizado desde 1937. A partir de 2003, passa por uma reformulação e ganha o formato atual, de forma a evidenciar e dialogar com as oportunidades da arte e da cultura contemporânea.

 

Uma das principais iniciativas do Museu de Arte da Pampulha (MAP), que é gerido pela Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, o programa reforça o museu como espaço de formação, pesquisa e experimentação nos campos da arte e da cultura junto à comunidade artística local e nacional, algo testemunhado ao longo de suas edições anteriores.

 

Enquanto política pública de cultura, o Bolsa Pampulha confere visibilidade à trajetória de relevantes nomes das artes visuais brasileiras que passaram pelas residências do programa, como Cinthia Marcelle, Paulo Nazareth, Marilá Dardot, Desali, Janaína Wagner, Rafael RG, Marcellvs L, entre outros.

 

Museu de Arte da Pampulha

 

Inaugurado em 1957, o Museu de Arte da Pampulha (MAP), desde sua fundação, exerce um relevante papel na formação, desenvolvimento e consolidação do ambiente artístico e cultural da cidade de Belo Horizonte. Seu acervo conta com importantes obras e documentos que permitem revisitar a história da arte moderna e contemporânea brasileira, com especial destaque para o seu edifício-sede. O prédio, projetado por Oscar Niemeyer na década de 1940, é uma referência icônica para a arquitetura moderna brasileira e dos mais representativos cartões-postais de Belo Horizonte. Desde 2016, o Conjunto Moderno da Pampulha é reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

 

Viaduto das Artes

 

O Viaduto das Artes é um equipamento cultural e multidisciplinar instalado no Barreiro, região periférica de Belo Horizonte. Conta com galeria de arte, biblioteca, ateliês, jardim de esculturas, espaços formativos e expositivos instalados no baixio do viaduto Engenheiro Andrade Pinto, na avenida Olinto Meireles, nº 45. Com área aproximada de 1.000 m², o local já recebeu eventos em vários formatos, como exposições, shows, oficinas, espetáculos teatrais, entre outros.

 

A parceria firmada com a Prefeitura de Belo Horizonte para realização do Bolsa Pampulha é celebrada por Leandro Gabriel, diretor do Viaduto das Artes. Para ele, promover as residências no local irá agregar artisticamente os realizadores. “Trazer o artista para perto da comunidade é algo transformador”, pontua.

 

O espaço mantém diálogo cotidiano com a comunidade ao redor, e trabalha em prol do impacto cultural, educacional e social naquele território. A região, que engloba mais de 300 mil habitantes, exibe um cenário de tensões sociais e econômicas comuns à periferia de qualquer grande cidade brasileira. O equipamento cultural cumpre um raro papel de aproximação e transformação junto a essa vizinhança.