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Hipopótamo adulto e filhote tomando sol no zoológico de Belo Horizonte
Foto: Daniel Alves

Dia do hipopótamo é celebrado na Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica

criado em - atualizado em

 

Tradição em vários zoológicos do Brasil e do mundo, o Dia Mundial do Hipopótamo (World Hippo Day) será comemorado em Belo Horizonte no próximo sábado, dia 15. Para celebrar a data, a Gerência de Educação Ambiental do Jardim Zoológico da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica programou um bate-papo educativo próximo ao recinto dos três hipopótamos que vivem na Fundação: Geriza, Kito e Aisha.

 

A atividade, que acontece das 10 às 13h, tem o objetivo de apresentar os três animais da espécie Hippopotamus amphibius (hipopótamo comum) que integram o plantel do Zoo, além de esclarecer dúvidas dos visitantes sobre a procedência desses animais e o tipo de manejo recebido no Zoológico.

 

A ação também representa uma oportunidade para o público fazer uma reflexão do papel dos zoológicos na conservação da fauna silvestre e, ainda, conhecer as principais ameaças que essa espécie enfrenta na natureza.

 

Os hipopótamos da Fundação compõem uma família. A fêmea adulta Geriza chegou ao Zoo em 1991. Em 2013 ela tornou-se mãe do macho Kito, hoje com sete anos de idade e, em dezembro 2017 da pequena Aisha. Vale lembrar que o pai de Kito e de Aisha, Toquinho (companheiro de Geriza), faleceu em junho de 2017 de causas naturais.

 

Atualmente, os três hipopótamos ocupam dois recintos do Jardim Zoológico (o macho separado e mãe e filha, juntas) e são representantes de uma importante espécie exótica (africana) ameaçada de extinção.

    

 

Curiosidades

O hipopótamo já foi mais abundante no continente africano. Atualmente, na natureza, muitas das suas populações se extinguiram localmente ou se tornaram menos numerosas, o que faz com que a espécie conste na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção na categoria “Vulnerável” (IUCN, 2019-3).

 

As principais ameaças à espécie são: destruição do habitat, a caça predatória para obtenção do couro, do marfim de seus dentes, da sua carne e gordura e a matança pelos danos que costuma causar às culturas agrícolas.

 

Existem apenas duas espécies de hipopótamo não extintas atualmente no mundo: o hipopótamo pigmeu (Choeropsis liberiensis) e o hipopótamo comum (Hippopotamus amphibius). Atrás apenas dos elefantes e rinocerontes, os hipopótamos são o terceiro maior mamífero terrestre em termos de peso, podendo variar de uma tonelada e meia a quatro toneladas e meia. Suas características são o corpo cilíndrico e maciço, pele nua e tonalidade cinzento-escura.

 

Esses animais podem permanecer até cinco minutos embaixo d’água sem precisar respirar, pois suas narinas se fecham quando submergem: sua cabeça e orelhas possuem membranas que evitam que a água entre nelas durante o mergulho. Não é à toa que a palavra grega que originou o nome hipopótamo significa “cavalo de rio”.

 

Pela necessidade de viver na água, eles passam o dia submersos, protegendo-se do sol intenso e buscando manter a temperatura do corpo baixa. Quando anoitece, saem da água em busca de alimento. Exclusivamente herbívoros, costumam se alimentar de plantas aquáticas, ervas e folhas. Os filhotes, que ficam cerca de um ano se alimentando do leite materno, geralmente começam a comer grama e pasto a partir do terceiro mês de vida.

 

O acasalamento, o nascimento e até a amamentação dos hipopótamos ocorre dentro da água. As fêmeas parem geralmente um filhote por vez (gêmeos são raros) e a gestação dura de 240 a 270 dias.