12 December 2017 -
Em Belo Horizonte, o cidadão que precisa de serviços assistenciais deve procurar um dos 34 Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) disponíveis no município. Os CRAS são equipamentos públicos da política de assistência social, localizados em áreas com altos índices de vulnerabilidades e risco social, atendendo mais de 177 mil famílias por ano.
Um dos principais serviços do CRAS é o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) que busca fortalecer continuamente a função de proteção das famílias, evita que se rompam os vínculos, promove o acesso a direitos e contribui na melhoria da qualidade de vida dos usuários.
“O PAIF destina-se à prevenção de riscos sociais e pessoais, por meio da oferta de programas, projetos e benefícios a indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade e risco social”, explica Eliete Costa, Diretora de Proteção Social Básica, da Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania (SMASAC).
Eliete ressalta que os cidadãos devem buscar atendimento através do cadastramento nos CRAS. “A execução do serviço se dá por meio de atividades coletivas como palestras, oficinas, campanhas, reuniões e grupos de reflexão, além de atendimento individual, visitas domiciliares e institucionais, sempre focando na prevenção da violação de direitos e na promoção da convivência familiar e comunitária”, informa.
Os CRAS ainda realizam atividades culturais e esportivas para promover a integração da comunidade. Através do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, oferecem atividades para crianças, adolescentes e idosos. Bebês e crianças de até 6 anos são acolhidos com experiências lúdicas focadas na convivência e no cuidado com a criança pequena.
As intervenções com as crianças de 7 a 14 anos desenvolvem o protagonismo e a autonomia com oficinas de esportes, música, fotografia, meio ambiente, cinema e rodas de conversas. Já os jovens de 14 a 18 anos são atendidos pelo programa “Projovem Adolescente” que busca incentivar a participação dos jovens na comunidade e fornece informações sobre o mercado de trabalho. As oficinas do Projovem acontecem diariamente, no contraturno da escola.
Os idosos, por sua vez, participam de atividades que contribuem para o processo de envelhecimento saudável, por meio de experimentações artísticas, culturais, esportivas e de lazer. “As atividades para a pessoa idosa fortalecem a autonomia, ajudam na socialização e na prevenção de situações de risco social nessa faixa etária”, completa Eliete.
Nivia Santos, orientadora social no CRAS Arthur de Sá, descreve o dia a dia do trabalho com os jovens da região. “São duas horas diárias de atividade nas quais os jovens falam de assuntos cotidianos, como drogas, sexualidade e conflito familiar. É um espaço de construção de confiança e de resgate desse jovem. Esse trabalho envolve o jovem, a família e a comunidade. O que ele aprende aqui replica com os amigos que não fazem parte do programa e influencia positivamente todo o grupo. É essencial esse espaço para o autoconhecimento e a ampliação da visão desse jovem, que passa a entender que o mundo é maior do que o contexto no qual ele está inserido”, reflete a orientadora.
Para cadastrar as famílias, os cidadãos devem procurar o CRAS mais próximo de sua residência, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, exceto feriados.