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Dois idosos, cada um em frente a um computador, aprendem com jovem instrutor.
Foto: Divulgação PBH

Projeto Gentileza Digital leva inclusão digital de idosos aos centros culturais

criado em - atualizado em

Os idosos frequentadores de quatro centros culturais de Belo Horizonte terão, a partir deste mês, acesso a aulas de informática básica dentro do projeto Gentileza Digital. A iniciativa, uma parceria da Prefeitura, por meio da Prodabel, e do Movimento Gentileza, contempla, inicialmente, os centros culturais Lindeia Regina, Salgado Filho, Pampulha e Noroeste. A meta é que até o fim de 2020 todas as regionais recebam o projeto.

 

“A inclusão digital é um passo importante para a inclusão social de qualquer cidadão, diante do contexto essencialmente tecnológico que vivemos. A experiência do Gentileza Digital com idosos institucionalizados tem sido surpreendente e a expectativa para esta segunda etapa é ainda maior”, explica Ana Laender,  idealizadora e coordenadora do Movimento Gentileza.

 

Os centros culturais Lindeia Regina e Salgado Filho receberam, na última semana, as aulas inaugurais com as primeiras turmas do projeto. Entre os alunos, o aposentado Daniel Soares, 64 anos, contou das suas expectativas. “Tenho sede de aprendizado, quero terminar o curso sabendo dominar bem o computador. Vou usar a internet para me aperfeiçoar no violão e no teclado”, afirmou o idoso, que disse nunca ter utilizado um computador. Até dezembro, serão oferecidas 60 horas de curso para um total de 40 idosos.

 

De acordo com o superintendente de Inclusão Digital da Prodabel, Wellington Ferreira, os telecentros, como são chamadas as salas de aula, são lugares de interação. “Nos telecentros a população pode usufruir de internet gratuita e, com o curso de informática básica, os idosos que ainda não possuem computador poderão utilizar esse espaço para realizar suas pesquisas e demandas”, conta. Todos os computadores utilizados durante o curso foram doados pelo Centro de Recondicionamento de Computadores da Prodabel.

 

"Os 17 centros culturais municipais são espaços de implementação das políticas públicas de formação, acesso e descentralização da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura. A inclusão digital dos idosos é mais uma importante entrega, potencializada ainda mais por essa parceria com o Movimento Gentileza", afirma a presidente da Fundação Municipal de Cultura, Fabíola Moulin.

 

 

Obra social também recebe projeto

Além dos centros culturais, este mês o Gentileza Digital chegou a mais um espaço. Dezoitos computadores, mesas e cadeiras foram instalados no telecentro da Obra Social da Paróquia São Gabriel, no bairro Taquaril, e iniciadas as atividades das primeiras turmas de Informática Básica para idosos e também, nesse local, para jovens.

 

“Este é mais um passo importante que damos no sentido de ampliar as ações de gentileza pela cidade, levando a inclusão digital a uma entidade que acolhe e forma centenas de pessoas”, afirma a voluntária social e coordenadora do Movimento Gentileza, Ana Laender.

 

Ao todo, 30 alunos irão participar da primeira etapa do projeto, com aulas realizadas duas vezes por semana, em um total de 60 horas/aula. O conteúdo do curso tem como suporte uma cartilha educativa desenvolvida pela equipe pedagógica da Prodabel, em parceria com o Movimento Gentileza, que abrange desde as funcionalidades de um computador até a criação e cuidados com as redes sociais.

 

Para o aposentado Jorge Lúcio de Barros, 62, a expectativa é que após o curso ele se torne independente. “Estou disposto a aprender de tudo, mas quero em especial aprender a mexer nas redes sociais, fazer vídeos e tirar segunda via de contas e exames sem depender das minhas filhas”, contou.

 

 

Gentileza Digital

O projeto Gentileza Digital é desenvolvido pelo Movimento Gentileza desde 2018.  Atualmente, oferece aulas de informática básica aos residentes das 28 Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPIs) de Belo Horizonte. Ao todo, são beneficiados mais de 300 idosos, que dispõem de teclados e mouses adaptados, além de um software e metodologia exclusivos, desenvolvidos pela Prodabel em parceria com o Núcleo Assistencial Caminhos para Jesus.

 

 

27/08/2019. Projeto de inclusão digital nos Centros Culturais de Belo Horizonte. Fotos: Divulgação/PBH