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Preparativos para o período chuvoso - 2023/2024

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Obras de prevenção para chuvas

 

PBH instala Grupo de Gestão para atuar durante o período chuvoso

O prefeito Fuad Noman instala, nesta segunda-feira (2), o Grupo de Gestão de Risco e Desastres (GGRD), responsável por acompanhar as ações da Prefeitura de Belo Horizonte durante todo o período chuvoso – que vai de outubro a março do ano que vem. Composto por técnicos e especialistas das secretarias de Obras, Saúde, Assistência Social, Política Urbana, Segurança Pública e Governo, Urbel, Defesa Civil, SLU, Sudecap, BHTrans e Superintendência de Mobilidade (Sumob), o grupo terá a missão de monitorar os efeitos das chuvas na cidade e definir medidas emergenciais necessárias.

O acompanhamento é multisetorial e feito diariamente no Centro de Operações da Prefeitura (COP-BH), onde estão mais de 3 mil câmeras que permitem o monitoramento, em tempo real, de ocorrências rotineiras ou críticas relacionadas às chuvas, tais como alagamentos, enxurradas, inundações e quedas de árvores. Diante de situações de alerta, serão discutidas as linhas de ação, sempre com o foco no rápido atendimento das ocorrências de forma integrada e coordenada.

 

A previsão da Defesa Civil para o trimestre de outubro, novembro e dezembro será de tempo quente com maior probabilidade de pancadas de chuva de forte intensidade. Neste período não se descarta à ocorrência de granizos com ventos fortes, principalmente nos meses de outubro e novembro. O volume total de chuva no período deve ficar abaixo do esperado para o período. As temperaturas oscilarão entre 17 °C e 31 °C.

 

O COP-BH manterá o seu funcionamento em tempo integral, 24 horas por dia, todos os dias da semana, ficando com a atenção voltada para as ocorrências relacionadas com as chuvas. Este ano, 145 colaboradores da Sala de Controle Integrado do COP-BH passaram por treinamentos no Protocolo de Atuação Integrada em Eventos de Chuva e diversos exercícios simulados foram realizados com a participação de agentes de campo para possibilitar respostas ágeis para eventuais ocorrências.

 

O monitoramento das ocorrências e a emissão de alertas são feitos pela Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil (Supdec), e as informações encaminhadas ao COP-BH para que sejam compartilhadas com as instituições da Prefeitura de BH envolvidas mais diretamente nos trabalhos, além da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Cemig, Gasmig e Copasa.

 

Ao fim de cada evento climático, o trabalho tem continuidade, com as ações coordenadas de resposta e recuperação da cidade. Com o acompanhamento e apoio do COP-BH, equipes da Defesa Civil vão vistoriar locais com risco de desabamento, a Urbel realizará vistorias e obras em áreas de risco geológico e servidores da SLU recolherão o acúmulo de entulho e lixo e irão desobstruir vias e bocas de lobo. Já os agentes de manutenção da Sudecap trabalharão na identificação de buracos e recuperação de ruas e avenidas. Com esse trabalho coordenado e integrado, é possível fazer com que a cidade retome sua rotina, rapidamente. 

 

Para este ano, a Prefeitura contará com um novo recurso para otimizar o poder de resposta das instituições encarregadas de atuar nos eventos relacionados com as chuvas. O sistema de radiocomunicação digital que atualmente é utilizado pela Guarda Municipal permitirá que o efetivo do GMCBH, da BHTrans e também dos agentes da Defesa Civil operem em uma mesma frequência, disponibilizada pelo COP-BH. Os equipamentos possuem também GPS integrado, permitindo uma melhor gestão do deslocamento de viaturas e dos agentes em campo.

 

Investimentos em prevenção

Como forma de evitar os efeitos da chuva na capital, a Prefeitura de Belo Horizonte vai investir cerca de R$ 1 bilhão em ações de prevenção. Uma delas é um programa robusto com mais de 300 obras por toda a cidade, capazes de evitar enchentes. São bacias capazes de reter 1 milhão de caixas d’água com 1.000 litros cada uma e intervenções em mais de 260 encostas para dar mais segurança e tranquilidade para famílias que vivem em áreas de risco.

 

Ainda no campo da prevenção, a PBH tem um trabalho intenso de limpeza urbana – com foco especial nos córregos da cidade, para impedir o assoreamento dos cursos d’água, diminuindo os riscos de enchentes – e emissão de alertas pela Defesa Civil, de forma que
a população possa ser alertada sobre situações de perigo.

 

Diante de ocorrências inesperadas e/ou de riscos potenciais que possam ocasionar consequências graves à população, a Prefeitura de BH está preparada para agir. A Defesa Civil e a Urbel, por exemplo, manterão plantões técnicos 24 horas por dia. A BHTrans disponibilizará 300 agentes para o bloqueio de vias, enquanto a Guarda Municipal manterá 49 viaturas e 124 agentes para atuar no monitoramento visual local das áreas de inundação e na segurança dos espaços isolados.

 

A Secretaria Municipal de Saúde intensificará as ações de vigilância e controle das arboviroses (Dengue, Chikungunya, Zika e Febre Amarela e ações e de animais sinantrópicos nocivos (ratos e escorpiões). A SLU mantém equipes de plantão nos domingos e feriados para limpeza dos entulhos.

 

A Prefeitura de Belo Horizonte implantou uma sinalização luminosa para orientar e auxiliar os motoristas em caso de alagamentos na Rua Joaquim Murtinho e na Avenida Prudente de Morais. O novo dispositivo da BHTrans é inédito na capital e começou a operar na Rua Joaquim Murtinho, entre as ruas Paulo Afonso e Marquês de Maricá, no bairro Santo Antônio, na região Centro-Sul da capital.

 

No estilo de um semáforo, o dispositivo tem a função de alertar os motoristas sobre a possibilidade de alagamentos na região, principalmente na Avenida Prudente de Morais. Com o alerta vermelho, o motorista deverá optar por virar à esquerda na Rua Paulo Afonso, em direção ao bairro, ou à direita na Rua Marquês de Maricá, em direção à Avenida do Contorno.

 

O dispositivo luminoso para alagamentos irá operar em três modos:

  • Amarelo - No período chuvoso ele irá piscar em amarelo para chamar a atenção dos motoristas para ficarem atentos.
     
  • Vermelho - Indica que o trecho da Avenida Prudente de Morais está alagado e interditado. Os motoristas não devem seguir em frente, realizando os desvios pelas ruas Paulo Afonso e Marquês de Maricá.
     
  • Desligado - Sem alertas.

 

PBH investe mais de meio bilhão de reais em grandes obras para evitar enchentes

Algumas obras adotadas pela Prefeitura de Belo Horizonte se destacam pelo potencial de melhorar a vida da cidade durante as chuvas e evitar enchentes. Foram investidos R$ 582,7 milhões em intervenções em pontos críticos da capital, como a avenida Cristiano Machado, Vilarinho e Teresa Cristina, além de obras no Barreiro e Venda Nova.

 


Obras na região da avenida Cristiano Machado


RIBEIRÃO DO ONÇA

Essa é a primeira etapa de uma obra que vai evitar inundações na Avenida Cristiano Machado, com a construção de um canal de 286 metros, paralelo ao Ribeirão do Onça. A obra vai do cruzamento entre as avenidas Cristiano Machado e Risoleta Neves até a Estação São Gabriel. Obra concluída em dezembro de 2023.
Investimento: mais de R$ 45 milhões
 

RIBEIRÃO DO ONÇA

 

PRAÇA DAS ÁGUAS

Construção de estrutura no encontro do Ribeirão Pampulha com o Córrego Cachoeirinha. É a primeira etapa de uma obra que vai receber e amortecer as águas que vêm dos ribeirões Pampulha e Onça e do Córrego Cachoeirinha. A previsão de entrega é para o 2º semestre de 2024.
Investimento: R$ 68 milhões
 

Praça das Águas

 

RIBEIRÃO PAMPULHA

Foram iniciadas as obras da segunda etapa de um canal paralelo ao canal do Ribeirão Pampulha, na Avenida Cristiano Machado (sentido bairro).
Investimento: R$ 139,7 milhões
 

Ribeirão Pampulha

 


Obras na região do Barreiro


CÓRREGOS OLARIA E JATOBÁ

A Prefeitura está realizando a obra de tratamento de fundo de vale desses dois córregos. Está construindo, também, uma bacia de detenção de cheias que vai reter 70 milhões de litros de água, já neste período chuvoso, para conter inundações nos dias de chuva intensa. A previsão de entrega é até dezembro de 2023.
Investimento: R$ 73 milhões
 

CÓRREGOS OLARIA E JATOBÁ

 

CÓRREGO TÚNEL CAMARÕES

A Prefeitura iniciou a terceira etapa da implantação do sistema de esgoto e do tratamento de fundo de vale na bacia do Córrego Túnel Camarões. Paralelamente, faz a urbanização entre a Rua Antônio Eustáquio Piazza e a Avenida Tereza Cristina. A previsão de entrega é para o 1º semestre de 2024.
Investimento: R$ 5 milhões
 

CÓRREGO TÚNEL CAMARÕES

 


Obras na região de Venda Nova


GRANDES RESERVATÓRIOS – VILARINHO

A Prefeitura está construindo os reservatórios Vilarinho 2 e Nado 1 para reduzir as inundações recorrentes na avenida Vilarinho e na Rua Dr. Álvaro Camargos. Cada reservatório pode armazenar mais de 115 milhões de litros de água. A previsão da Prefeitura é entregar o reservatório 2 no segundo semestre de 2024 e o reservatório 1 no segundo semestre de 2025.
Investimento: R$ 150 milhões
 

GRANDES RESERVATÓRIOS – VILARINHO

 

ESGOTAMENTO SANITÁRIO NO CÓRREGO MARIMBONDO

Já estão sendo finalizadas as obras de instalação de novo esgotamento sanitário no bairro Santa Mônica. A previsão da Prefeitura é entregar a obra até dezembro de 2023.
Investimento: R$ 14 milhões
 

ESGOTAMENTO SANITÁRIO NO CÓRREGO MARIMBONDO

 


Obras na Regional Oeste com impactos na Avenida Teresa Cristina


CÓRREGO FERRUGEM

A Prefeitura está implantando uma nova bacia de detenção e realizando obras complementares no Córrego Ferrugem, na Vila Sport Club (Avenida Amazonas).  A nova bacia de detenção (B5) já vai armazenar 274 milhões de litros de água neste período chuvoso. A previsão de entrega dos demais serviços de paisagismo e urbanização é para o 2º semestre de 2024.
Investimento: R$ 66 milhões
 

CÓRREGO FERRUGEM

 


Obra na Regional Leste


SISTEMA DE DRENAGEM DO CÓRREGO SANTA INÊS

Neste ano, a Prefeitura iniciou as obras para melhorar o sistema de macrodrenagem do Córrego Santa Inês. Serão mais de 800 metros de canalização a partir da Rua Conceição do Pará até o Ribeirão Arrudas. A previsão de entrega é para o 1º semestre de 2024.
Investimento: R$ 22 milhões
 

SISTEMA DE DRENAGEM DO CÓRREGO SANTA INÊS

 

Programa em áreas de risco geológico atinge marca de 270 obras concluídas

Lançado pelo prefeito Fuad Noman em 2022, o Programa de Gestão de Risco Geológico-geotécnico já contabiliza 270 obras finalizadas e 70 em andamento. O objetivo é tornar as áreas de risco geológico e de inundação locais mais seguros para a população. As obras abrangem contenções de encosta, muros de arrimo, implantação de redes de esgoto, drenagem, além de construção de acesso seguro para os moradores. O investimento nesse pacote de intervenções é de mais de R$118 milhões, beneficiando mais de 245 mil pessoas.

 

A Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (Urbel) também está realizando obras do Programa Vila Viva nas vilas São Tomás e Aeroporto, região Norte da cidade. São intervenções de infraestrutura urbana, hidrossanitária e de tratamento de áreas de risco geológico/geotécnico, que compreendem abertura de vias com rede de água, rede de esgoto, drenagem pluvial, pavimentação; além de implantação de praças, revitalização de área de lazer, cercamento de parque e iluminação pública.

 

Cerca de 1,2 mil famílias que viviam em áreas de inundação foram removidas e reassentadas em 520 unidades habitacionais construídas nas próprias vilas e no bairro Juliana; e as demais famílias foram indenizadas, totalizando um investimento de cerca de R$180 milhões.

 

 

Ações desenvolvidas pela Urbel para o período chuvoso

Além das obras, que são executadas, em sua grande maioria, no período da seca, o Programa Estrutural em Área de Risco (PEAR) também atua nas vilas e favelas com objetivo de evitar acidentes graves e preservar vidas, assegurando proteção para as famílias que residem em áreas de risco geológico e inundação e ainda não receberam intervenções no local.

 

O trabalho é executado por meio de vistorias, obras de manutenção, intervenções com mão de obra do morador e atividades de prevenção ao risco geológico. Com a chegada das chuvas, os esforços se concentram no atendimento à população.

 

Quando o local apresenta grau de risco alto ou muito alto, o qual não pode ser eliminado ou controlado por uma obra tecnicamente viável, a família é removida, sendo encaminhada para o Abrigo Municipal Granja de Freitas. Ela também pode acessar o programa Bolsa Moradia até o seu reassentamento definitivo em uma unidade habitacional construída pela Prefeitura.

 

Mobilização nas Vilas

Nos meses que antecedem ao período das chuvas a Prefeitura intensifica o trabalho preventivo de alerta e conscientização dos moradores das áreas de risco geológico das vilas e favelas e também das áreas de inundação da cidade. A Operação Olha a Chuva, realizada por técnicos da Urbel e voluntários dos Núcleos de Defesa Civil (Nudec) e Núcleos de Alerta de Chuvas (NAC), é uma destas ações.

 

Neste período são distribuídas cartilhas educativas para a população, instaladas faixas nas comunidades, afixados cartazes em escolas, creches, postos de saúde, e uma moto de som percorre dezenas de vilas e favelas divulgando orientações de prevenção. Além disso, técnicos da Urbel realizam atividades de prevenção ao risco para alunos da Escola Integrada.

 

Durante o período chuvoso, o PEAR realiza o acompanhamento dos dados pluviométricos e repassa o alerta aos voluntários. O programa ainda realiza o monitoramento de moradias com sinalização através de faixas, colocação de lonas nas encostas e isolamento de cômodos, obras emergenciais, remoções preventivas, temporárias e definitivas.

 

As remoções preventivas/ temporárias são realizadas quando há risco de deslizamento no local. Neste caso, as famílias são encaminhadas para o benefício do Programa Bolsa Moradia e/ou Abono Pecuniário até a definição da intervenção necessária para a área. Somente esse ano, já foram realizadas 64 remoções temporárias.

 

Eliminação e mitigação do risco

Durante os meses da estiagem, a Urbel intensifica a realização de obras de pequeno e médio porte com o objetivo de corrigir ou eliminar situações de risco alto e muito alto e, desta forma, prevenir acidentes e transtornos no período das chuvas. Esse ano, já foram realizadas 88 obras.

Outro tipo de obra preventiva são as intervenções realizadas em parceria com a comunidade. A Urbel doa o material de construção e fornece assistência técnica por meio de engenheiro, enquanto o morador é responsável pela mão de obra. As intervenções são de pequeno porte como muros de contenção de menor tamanho, canaletas de drenagem, lajes impermeabilizantes, pavimentação de beco, etc. Estão em execução cerca de 70 obras em parceria com o morador.
 

 

 

Obras de drenagem e manutenção ajudam a preparar cidade para as chuvas

Trinta obras de drenagem de menor porte realizadas pela Prefeitura de Belo Horizonte no decorrer de 2023 e 2024 serão importantes para mitigar problemas pontuais em toda a cidade. As intervenções contemplam serviços de implantação e melhorias em redes de drenagem em vias de menor fluxo de tráfego, mas são essenciais para os moradores das regiões em que são executadas.

 

Os empreendimentos demandam investimentos em torno de R$ 56 milhões e são supervisionados pela Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) e pela Subsecretaria de Zeladoria Urbana (Suzurb). Os recursos investidos são provenientes de financiamentos em bancos federais, do Fundo Municipal de Saneamento e do caixa da PBH.

 

A Prefeitura de Belo Horizonte aponta ainda os serviços de manutenção realizados no período seco – de março a outubro – para preparar a cidade para as chuvas. Eles englobam a poda e supressão de árvores, limpeza de bocas de lobo e de bacias. 

 

O monitoramento das árvores da capital e os serviços de podas e supressões são realizados durante todo o ano, sendo um trabalho de ação contínua e preventiva, para evitar danos e desastres no período chuvoso. No ano de 2023, foram realizadas 36.739 podas e 7.313 supressões, com investimento de aproximadamente R$ 33,4 milhões. Até fevereiro de 2024, foram realizadas 6.129 podas e 912 supressões.

 

O investimento previsto na execução desses serviços para o ano de 2024 é de R$ 42 milhões, incluindo a conservação e limpeza de praças, jardins e canteiros centrais. 

 

Limpeza

A Subsecretaria Municipal de Zeladoria Urbana (Suzurb) ainda realiza diariamente serviços de limpeza e desobstrução de bocas de lobo, com a remoção de lixo descartado irregularmente e de resíduos que escoam para a rede de microdrenagem – trabalho necessário para manter a capacidade de drenagem da cidade.

 

São aproximadamente 65 mil bocas de lobo espalhadas pelas nove regionais. No ano de 2023 foram realizadas 113.005 limpezas de bocas de lobo, com a remoção de aproximadamente 1.764 toneladas de resíduos, foram desobstruídos 51,5 km de rede e feitas 2.138 trocas de grelhas. Foram investidos, aproximadamente, R$ 4,2 milhões neste tipo de trabalho em 2023. Até fevereiro de 2024, 21.819 bocas de lobo foram limpas, 316,84 toneladas de resíduos removidos, 11,4 km de redes desobstruídas e 488 grelhas trocadas.

 

As bacias de controles de cheias da capital passaram por vistorias e serviços de manutenção rotineira e especial para que possam trabalhar em capacidade integral durante as chuvas. Além de contribuir na prevenção de inundações, a medida ajuda a melhorar as condições ambientais das bacias, diminui os focos do mosquito Aedes aegypti e a proliferação de pernilongos.

 

A limpeza e manutenção das 18 bacias de controle de cheias em operação em Belo Horizonte ocorrem no período de estiagem e neste ano de 2023 receberam um investimento que totaliza, aproximadamente, R$ 1,5 milhão.

 

Limpeza dos córregos reduz os riscos de enchentes

O trabalho de prevenção ao período chuvoso realizado pela Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) tem como principal ação a limpeza de todos os 192 córregos da cidade para impedir o assoreamento dos cursos d’água, diminuindo os riscos de enchentes. O serviço evita obstruções ao longo da rede de drenagem e, em situação eventual de transbordamento, há uma perspectiva de menor impacto para a sociedade. A limpeza nos córregos inclui a capina e roçada, retirada de entulho, lixo e mato. Os resíduos recolhidos pelos garis são em sua maioria descartados pela população.

 

Paralelamente, a SLU realiza campanhas educativas junto aos moradores nas regiões dos córregos, que recebem orientação de como descartar seus resíduos corretamente e são alertados das consequências de jogar lixo nos cursos d 'água. 

 

Ao longo do ano, a SLU também realiza um trabalho contínuo de monitoramento de áreas sensíveis a alagamentos. Nesses pontos, é feita a retirada de resíduos que possam ser carreados pela água das chuvas e entupir as galerias e redes de captação pluvial. 

 

A SLU também elabora um planejamento operacional especial para atuação emergencial durante o período chuvoso, com a manutenção de equipes em todas as regionais da cidade, compostas por garis, caminhões, máquinas pá-carregadeiras e caminhões pipa. O objetivo é garantir respostas rápidas em situações em que há o impacto das chuvas, proporcionando a limpeza com rapidez e contribuindo para a desobstrução de vias. Caso necessário, há remanejamento de equipes e ampliação da escala de trabalho dos garis. 

 

Além dos garis que trabalham regularmente durante a semana e atuam no caso de chuvas fortes, a SLU também mantém equipes de plantões nos domingos e feriados. Elas são escaladas conforme a previsão de chuvas, enviada pela Defesa Civil. Caso não haja chuvas no dia do plantão, os plantonistas realizam limpezas preventivas, nas áreas de maior risco na cidade.

 

A atuação dos garis durante os temporais, por motivos de segurança, se dá nos intervalos em que as chuvas diminuem a intensidade, com o recolhimento prioritário de objetos descartados por moradores atingidos pelas inundações. Quando a água escoa, além do recolhimento dos resíduos, há a raspação da lama e a lavagem das vias.

 

Alertas da Defesa Civil serão enviados também pelo WhatsApp

Para garantir a segurança da população no período chuvoso 2023/2024, os alertas preventivos passarão a ser enviados, também, por WhatsApp. O sistema será alimentado pela Defesa Civil de Belo Horizonte com avisos de ocorrência de chuvas fortes, granizo, tempestades, vendavais, alagamentos, risco de deslizamentos de terra e outros fenômenos meteorológicos. Os interessados em receber os alertas deverão enviar uma mensagem de "Oi" para o número (61) 2034-4611 para se cadastrar.

 

Os moradores de Belo Horizonte também podem receber os alertas por SMS. Para se cadastrar, basta enviar uma mensagem de texto com o CEP da sua rua para o número 40199 e uma mensagem de confirmação será enviada na sequência. O serviço não tem custo.

 

Os usuários de TV por assinatura das prestadoras Claro (NET), Vivo, Oi e Sky também recebem mensagens de alerta em formato de um pop-up (imagem sobreposta à tela) com duração de 10 segundos. O assinante do serviço não precisa realizar qualquer cadastro para receber as notificações. Segundo a Anatel, a capital mineira possui cerca de 500 mil assinantes de TV por assinatura.

 

Os alertas preventivos também são divulgados para motoristas que utilizam o aplicativo Waze. A Supdec envia informações aos motoristas e, em caso de necessidade, bloqueia as vias que possam ser atingidas pelo transbordamento de córregos. Com a ação, o motorista será redirecionado para uma rota segura e longe dos possíveis riscos.

 

A população também pode acompanhar os alertas e as recomendações da Supdec por meio do Instagram, X, Facebook e pelo canal público do Telegram no endereço: defesacivilbh.

 

Vale lembrar que a existência de um sistema de monitoramento e de emissão de alertas preventivos é uma das recomendações da Organização das Nações Unidas (ONU).

 

Por meio da Estratégia Internacional de Redução de Desastres (EIRD) foram criados documentos que trazem recomendações para que os governos e população atuem na prevenção dos desastres, como o Marco de Ação de Hyogo e o Marco de Ação de Sendai. Uma das principais recomendações é difundir para a população orientações de segurança durante o período chuvoso e suas consequências, permitindo uma socialização dos riscos e a adoção de medidas para proteção da população, principalmente para a preservação da vida.

 

Conscientização

Além dos alertas, a conscientização é outra palavra-chave do trabalho preventivo realizado pela Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil (Supdec) durante o período de estiagem. As ações envolvem ainda o treinamento dos moradores das áreas de risco, capacitação dos alunos das escolas municipais sobre ações de prevenção, palestras em universidades e simulados de fechamento de vias com a comunidade. 

 

Por meio do telefone 199, o cidadão pode comunicar, 24 horas por dia, sete dias na semana, as ocorrências de enchentes, alagamentos, desastres com vítimas e desabrigados, inundações, desabamentos, deslizamentos, destelhamentos, rachaduras, trincas, fissuras, incêndios, explosões e também solicitar vistorias em ruas, terrenos, casas, prédios e outras edificações. São cerca de 120 agentes atuando e 14 viaturas para o deslocamento pela cidade.

 

Os agentes da Supdec realizam as vistorias e, conforme cada caso, tomam providências como o encaminhamento para abrigos e assistência material por meio da distribuição de cestas básicas, colchões, cobertores e outros materiais. A Supdec opera, 24 horas por dia, um sistema de monitoramento capaz subsidiar as ações de emissão de alerta e enfrentamento do risco de inundações, bem como acionar planos e de bloqueio de vias durante as chuvas de maior intensidade.

 

Capacitação de Voluntários

Para ajudar no trabalho de prevenção e de mitigação de riscos, o Sistema Municipal de Defesa Civil conta com os Núcleos de Defesa Civil (Nudec). Eles são formados por cidadãos da comunidade que, através do trabalho voluntário e solidário, contribuem com ações preventivas nas áreas de risco, além de orientar e prestar socorro mais imediato nas situações de calamidade e emergência.

 

Os voluntários participam de diversas atividades oferecidas pela Urbel, como o curso de noções básicas do Programa Estrutural em Área de Risco (PEAR), capacitação para agir e orientar os moradores nos períodos de chuvas intensas e prolongadas, sobre os indícios de trincas nas moradias, movimentação de terreno e elevação do nível das águas de córregos e ribeirões.

 

Os participantes ficam aptos a identificar os tipos de risco geológico e os agentes (lixo, corte inadequado de barrancos, lançamento de água servida em encostas e outros) e recebem treinamentos de formação e reciclagem ministradas pelo Corpo de Bombeiros. A PBH conta hoje com 495 voluntários do Nudec, abrangendo 57 comunidades de todas as regiões da cidade.

 

Além dos Núcleos de Defesa Civil, a Prefeitura ainda conta com a participação dos Núcleos de Alerta de Chuva (NAC) que são formados por 488 voluntários que atuam em 46 núcleos em áreas de risco, alagamento e inundação. Estes voluntários têm um papel importante na mitigação de riscos em caso de chuvas fortes. 

 

O cidadão também pode diminuir os impactos causados pelas chuvas ao não jogar lixo nas encostas, não realizar cortes em barrancos e não construir em áreas irregulares. As vistorias em áreas de risco devem ser solicitadas pelo telefone 3277-6409, de segunda à sexta-feira, de 8h às 17h. Em caso de emergência elas são realizadas pela Defesa Civil, que pode ser acionada pelo 199.

 

Plano de Contingência minimiza impactos na saúde da população

A Prefeitura de Belo Horizonte possui um plano de contingência para minimizar os impactos provocados pelas chuvas na saúde da população da capital. Esse planejamento prevê diversas ações, que são implantadas de forma integral ou de acordo com situações específicas. 

 

O SAMU está preparado para atuar em ocorrências inesperadas e/ou de riscos e que possam causar consequências graves à população. No que se refere à assistência, são intensificadas as visitas domiciliares às residências das principais regiões afetadas pelas chuvas, identificando as necessidades e orientando ações. Além disso, são repassadas informações quanto às medidas sanitárias a serem adotadas em caso de alagamentos e inundações.

 

Durante o período de chuvas também são reforçadas as ações de vigilância, além do controle das arboviroses, como dengue, chikungunya, zika e febre amarela, com destaque para o atendimento às solicitações da população para a eliminação e/ou tratamento de focos do mosquito Aedes aegypti. Para monitorar a circulação do mosquito em Belo Horizonte, há armadilhas para a colocação de ovos distribuídas em variados locais. Dessa forma, é possível estimar a quantidade de mosquitos adultos e intensificar, por exemplo, a aplicação de inseticida a Ultra Baixo Volume (UBV).

 

Para os locais de difícil acesso com potencial de serem focos de transmissão, a SMSA utiliza drones para a aplicação de larvicidas, impedindo assim, a proliferação do mosquito nesses locais. Além disso, a parceria com a Superintendência de Limpeza de Urbana (SLU) possibilita a realização de mutirões para o recolhimento de materiais que não podem mais ser utilizados. 

 

No período chuvoso há ainda as ações de controle de ratos e escorpiões, que são intensificadas por meio de busca ativa, manejo ambiental, educação em saúde e ações programadas de controle químico (desratização).

 

Em estabelecimentos comerciais do ramo alimentício e pontos estratégicos que possuem histórico de alagamento há orientações quanto à manipulação e preparação de alimentos, integridade de embalagens e higienização de ambientes.

 

A SMSA realiza também ações de monitoramento de sorotipos circulantes do vírus da dengue e leptospirose, hepatites virais e outras doenças transmitidas por água e alimentos. O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) conta com uma equipe de profissionais que atuam na resposta às emergências epidemiológicas, com cobertura 24 horas, 7 dias por semana.

 

Assistência social atuará na proteção da população atingida pelas chuvas

A ações de assistência social e segurança alimentar tem como foco a proteção da população que possa ser atingida por desastres causados por eventos climáticos.  Se necessário, equipes da Assistência Social realizarão o cadastro das famílias atingidas para que as demandas sejam identificadas e as respostas construídas em conjunto pelas diversas áreas. 

 

Uma das ações emergenciais é a entrega de itens de assistência humanitária, como colchões, cobertores, roupas de cama e lona, alimentação e acolhimento emergencial. As famílias ainda poderão ser inseridas no Cadastro Único, de modo a garantir o acesso a serviços, benefícios e programas de transferência de renda. 

 

Além disso, o município se prepara para a oferta de refeições prontas em marmitex, para atendimento às equipes de campo e famílias desabrigadas. Esse serviço é prestado pelos Restaurantes Populares.

 

Outra possibilidade de garantia da segurança alimentar é a oferta de cestas básicas, para atendimento às famílias atingidas que buscam acolhimento em rede pessoal, como a casa de amigos e familiares.

 

Para a população em situação de rua, a Prefeitura de Belo Horizonte tem disponíveis 600 vagas em abrigos geridos pelo município. Há ainda convênios com pousadas e hotéis para garantir que todos que necessitarem de acolhimento no período chuvoso sejam atendidos.

 

Equipes da Prefeitura de Belo Horizonte atuam em regime de plantão durante o período chuvoso para atendimento aos acionamentos feitos pela Defesa Civil.