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Um homem e uma mulher fazem apresentação artística em Centro Cultural
Foto: Arquivo/PBH

Em BH tem fomento à cultura local em todos os cantos da cidade

criado em - atualizado em
Com muitas unidades conquistadas pela comunidade por meio do Orçamento Participativo, os centros culturais trazem em si a semente do envolvimento comunitário. Eles promovem atividades focadas na aproximação da comunidade com a cena cultural da cidade, mas sobretudo com a sua própria cultura. 
 
Cada centro cultural tem uma identidade própria, que ganha vida a partir das características, talentos e interesses dos moradores do seu entorno. Essa identidade é expressa não só na escolha dos trabalhos para exposições ou apresentações, mas também nas oficinas que mobilizam os talentos locais a se expressar e interagir através de variadas vertentes artísticas. 
 
A região do Barreiro conta com equipamentos nos bairros das Indústrias, Urucuia, Lindeia e Vila Santa Rita. Comemorando 10 anos de existência como um dos centros culturais mais movimentados da cidade, a trajetória de crescimento e consolidação do Centro Cultural Lindeia Regina (rua Aristolino Basílio de Oliveira, 445, Regina) é marcada pela música. Nele, o rock’n roll divide espaço com o sertanejo de raiz. O Rock da Regina, festival de bandas autorais, tem apoio e espaço garantidos, assim como o Noites no Sertão, criado a partir de encontros e saraus promovidos pelo Centro Cultural mensalmente. O palco é aberto, basta chegar. 
 
A música também é o que mais cativa o público do Centro Cultural Urucuia (rua W3, 500, Urucuia). Ao completar dez anos de existência, ele se firma como um celeiro do hip hop. Eventos temáticos reúnem MCs periodicamente e atraem um público cativo que converge de várias regiões da cidade. Mas, sem deixar de ser eclético, ele acolhe a todos da comunidade. Audileuza Ferreira adora tocar violão. Ela mora bem ao lado do Centro Cultural e não perde a oportunidade de fazer oficinas. “Já aprendi muito e também já ensinei muita gente aqui”, conta satisfeita. “O centro cultural tem muito a oferecer à comunidade, mas muitos ainda não desfrutam dele”, lamenta. “A biblioteca é variada, temos espaços para reuniões e muitas exposições e apresentações de qualidade”, enumera Audileuza. 
 
A marca da primeira década do Centro Cultural Vila Santa Rita (Rua Ana Rafael dos Santos, 149, Vila Santa Rita) é o teatro e a dança, linguagens mescladas com maestria pela Cia Agnes. Tendo participado de diversas formações técnicas e de projeto no centro cultural, o grupo conquistou espaço em teatros da cidade e está construindo um amplo currículo que já inclui apresentações internacionais. A dinâmica nos centros culturais gira muito em torno da troca de saberes. “Hoje a Cia oferece aulas semanais no centro cultural”, comemora o gerente da unidade, Ricardo Ulpiano. Ele reitera a vocação para a dança e o teatro, destacando que estão preparando a 12ª Semana da Dança e o quarto festival de teatro do Centro Cultural Vila Santa Rita. “A programação é construída junto com o público, ela nasce das propostas apresentadas por eles”, garante.  
 
Centenas de pessoas frequentam diariamente os centros culturais da cidade. Localizados nos bairros, eles oferecem gratuitamente atrativos como bibliotecas com atividades de contação de estórias e empréstimo domiciliar, oficinas, exposições e apresentações de teatro e dança. A Secretaria Municipal de Cultura e a Fundação Municipal de Cultura gerenciam 17 espaços como esses na cidade.
 
Cada centro cultural ganha a cara daqueles que se dispõem a usufruir do espaço. Democráticos e abertos de terça a domingo, eles têm sua programação mensal divulgada no site www.bhfazcultura.pbh.gov.br
 

20/07/18. Centros Culturais. Fotos: Acervo/PBH