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Professor de judô, de pé, olha para mais de quinze alunos sentados, observados por mais gente, em local aberto, durante o dia, na Semana da Educação.
Foto: Divulgação PBH

Batalha de dança e festival de lutas movimentam BH na Semana da Educação

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Entre centenas de atividades, cada dia da Semana da Educação 2019 – BH Educa, promovida pela Prefeitura, traz novidades que movimentam a capital mineira. Na quinta-feira, dia 19 de setembro, os estudantes da Rede Municipal mostraram a arte da luta e da dança nos palcos da Praça da Estação e do Parque Municipal. A programação da Semana da Educação segue até o dia 23 de setembro às 17 horas, no Parque Municipal e na Praça da Estação, com atividades nas áreas de literatura, ciência, tecnologia, robótica, música, contação de histórias, exposição de obras de arte e apresentação esportiva.

 

Os participantes da batalha de danças urbanas, como break e hip hop, e do festival de lutas desta quinta-feira são alunos que participam do programa Escola Integrada, da Prefeitura. A estudante Victória Cristina Marques Soares, da Escola Municipal Maria de Magalhães Pinto, foi uma das vencedoras na categoria hip hop. “Eu amo dançar e aprendi que a gente pode se expressar através da dança”, disse a adolescente de 14 anos.

 

O monitor de inclusão, Capone Beat Bop, é do movimento hip hop e destaca a importância do programa Escola Integrada. “A Prefeitura apoiou a ideia de levarmos a dança para as escolas, a Secretaria Municipal de Educação nos deu a estrutura e a Escola Integrada, que é um berço para a arte, a cultura, a dança, abraçou a gente e começamos a conversar com os monitores de todas as escolas, conectar uma escola com outra e levar os alunos nos finais de semana para ensaiar e promover as batalhas de danças urbanas”, relatou.

 

Ele explica como funciona a batalha de danças. “A competição é de dança de rua e os vencedores ganham medalhas, mas o que é importante mesmo é que a dança tem salvado vidas, crianças e adolescentes que estavam indo para caminhos errados foram desviados pelo interesse nas batalhas de dança, porque desperta admiração, respeito e coleguismo. Estamos vivendo numa época em que ninguém acredita no futuro e a dança, a arte em geral, abre portas”, disse.

 

A diretora da Educação Integral da Secretaria Municipal de Educação, Arminda Aparecida de Oliveira, acredita na força da dança como arte transformadora. “A dança de rua tem uma forma ainda maior porque é cultura de uma população excluída historicamente que se fortalece nas nossas escolas, as nossas crianças são culturais e se reconhecem na dança, então quando eles dançam eles se encontram e aprendem”, definiu.

 

 

Festival de Lutas

O professor de Karajucá da Escola Municipal Vinicius de Moraes, Rômulo Lopes de Souza, comandou o festival de lutas e falou sobre a importância do esporte para o desenvolvimento dos alunos. “É importante porque trabalha a questão do respeito, da hierarquia, da própria identidade do aluno. Tudo que a gente faz no tatame, se o aluno for responsável, vai ser uma pessoa responsável na vida, dedicado, a gente transfere os valores do tatame para a vida do aluno”, assinalou.

 

O Karacujá, segundo o professor Rômulo, é uma luta criada em 1968 para a defesa pessoal da Polícia Militar de Belo Horizonte. Hoje é bastante apreciada no âmbito esportivo e muito bem aceita no ambiente escolar. Além do Karajucá, houve também apresentação de outras lutas como o Jiu-Jitsu, Taekwondo e Kung-Fu. A programação do Festival de Lutas também acontecerá no sábado, dia 21, de 9h às 13h, no Parque Municipal.