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Parque no Castelo recebe nova etapa de plantio de muda em área destruída por incêndio
Foto: PBH/ Divulgação

Mais de 2 mil mudas são plantadas em área recuperada de parque no Castelo

criado em - atualizado em

O parque Ursulina de Andrade Melo, no bairro Castelo, está passando por mais uma fase de restauração da vegetação nativa, severamente impactada por um incêndio em outubro de 2020. Nos próximos dias, serão plantadas cerca de 2.200 mudas de diversas espécies como cedro, ipê amarelo, angico-vermelho, tamboril, araçás, pitangas e embaúbas. Outra área do parque já havia recebido 800 novas árvores em dezembro de 2022, além de plantios realizados gradualmente ao longo do ano passado pela Prefeitura de Belo Horizonte.

 

A equipe técnica da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB) participa de todo o processo, auxiliando na escolha das espécies, de acordo com as características do local, na preparação das áreas e na manutenção durante todo o ano. O plantio conta, ainda, com a participação da comunidade.

 

Antes de receber as mudas, a área está passando por limpeza para a remoção de emaranhado de trepadeiras e de material vegetal acumulado no solo, além da construção de aceiros que auxiliam na prevenção de incêndios. Para agilizar o serviço, em alguns trechos, uma escavadeira está sendo utilizada para a retirada dos componentes e com os devidos cuidados para que não haja movimentação significativa de terra. 

 

Recuperação da área 

A primeira fase de recuperação do Parque foi bem-sucedida. Entre novembro de 2020 e outubro de 2021, já haviam sido plantadas 1.500 árvores na área. O período, que coincide com a época das chuvas na cidade, é a melhor época para a ação. 

 

Especificamente para o parque, pela característica da área atingida (mata secundária), o método de recuperação estabelecido foi a aceleração da regeneração natural de forma assistida, associada ao reflorestamento de espécies nativas, feito pela equipe própria da Fundação e com o apoio da comunidade e parceiros. O objetivo não é apenas repor a cobertura vegetal, mas restabelecer a capacidade do ecossistema do local de se autoperpetuar. 

 

Nesse processo, as sementes e plantas que sobreviveram formam uma nova geração de árvores. Técnicos avaliaram as condições potenciais de restauração disponíveis no local, como banco de plântulas, rebrotas de raízes e tocos, bancos de sementes e chuva de sementes. Nesse sentido, existe um conjunto de ações a serem adotadas em cada período do processo. Essas ações vão desde a regeneração natural, redução das perturbações, redução da competição, facilitação de espécies desejadas até a introdução de sementes e mudas de árvores nativas.

 

Para isso, foi preciso elaborar um diagnóstico de aspectos ecológicos do local (vem sendo atualizado periodicamente a partir dos processos já implantados), que está norteando e ajudando a definir as ações de restauração mais eficazes.

 

Arborização nos parques da cidade

Os plantios nos parques contribuem diretamente para a melhoria na qualidade de vida da população. Além de ajudar a reduzir a poluição melhorando a qualidade do ar, a arborização impacta na preservação de recursos hídricos, da fauna e da flora; auxilia na regulação de chuvas e na melhoria do clima, tornando a cidade mais agradável. 

 

O Parque Fernando Sabino, no bairro Ouro Preto, também será contemplado com plantios. A perspectiva é que, até fevereiro, sejam cerca de 4.600 novas espécies nos dois parques. 

 

No final de 2020 e início de 2021, outras 4.600 mudas foram plantadas no Parque Ecológico do Brejinho, na região da Pampulha, e no Parque Ecológico e Cultural Fernando Roquete Reis, no bairro Vitória.