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Três membros da Guarada Municipal à frente de igreja em Brasília.
Foto: Divulgação/PBH

BH em Pauta: Aulas de JIu-Jitsu na Guarda Municipal

criado em - atualizado em
O desejo de difundir entre os colegas os benefícios que o Jiu-jitsu proporciona ao corpo e à mente dos adeptos. Com este ideal, um grupo formado em 2010 por três agentes da Guarda Municipal de Belo Horizonte (GMBH) criou um projeto voltado para o ensino e a prática da arte marcial de origem japonesa, dentro da própria instituição. Desde então, a ideia se consolidou e vem rendendo frutos. Atualmente, são seis instrutores que se dedicam a repassar os ensinamentos para cerca de 600 outros guardas municipais, diariamente, na própria sede da GMBH.

O subinspetor Alex Morais dos Santos, coordenador do Projeto Jiu-jitsu na GMBH, conta que teve os guardas municipais Rogério Marcos e Anderson Vertelo como parceiros para criar o grupo, ocasião em que as aulas aconteciam na antiga sede do Colégio Imaco, no Parque Municipal. “Tínhamos uns quatro guardas como alunos e só podíamos dar as aulas no horário de almoço”, relembra.

Os seis instrutores atuais se revezam, oferecendo as aulas de Jiu-jitsu de segunda a sexta-feira, de 7h as 16h, e, em dias alternados, também das 18h30 às 20h, a todos os guardas interessados, bem como aos familiares. Agora, a estrutura para a realização das aulas é fixa, na própria sede da GMBH (Avenida dos Andradas, 915).


Vida mais leve

As fotos comprovam a transformação que as aulas de Jiu-jitsu causaram na vida do guarda municipal Davidson Feliciano, de 36 anos. Desde o ingresso no projeto, em 2013, até hoje, 20 quilos a menos na balança possibilitaram que ele se livrasse da dor no joelho e nos pés, causada pelo sobrepeso. “Consegui reverter até o índice do meu colesterol, que estava além do recomendado”, completa.

Praticante assíduo, Feliciano treina três vezes por semana e se orgulha de já ter progredido de faixa, passando da branca para a azul. Como ele atua no Grupamento de Trânsito, as longas horas que precisa permanecer em pé já não são uma dificuldade. “Tornei-me mais disciplinado para tudo. A filosofia de vida do Jiu-jitsu proporciona isso”, destaca.


Programas

Como coordenador do Projeto Jiu-jitsu na Guarda Municipal, o subinspetor Morais explica que o interesse em participar das práticas, manifestado também por várias pessoas que não pertencem à instituição, acabou resultando em outra iniciativa, o Jiu-jitsu no Parque, que completou dois anos em 2017.

O Jiu-jitsu no Parque é realizado no Parque Municipal Américo Renê Gianetti, todo último domingo do mês, das 10h ao meio-dia, e já está na 25ª edição. O evento reúne, em média, 200 participantes, atingindo a faixa-etária de quatro a 80 anos, dependendo apenas do interesse do cidadão. “Basta vir de bermuda ou com uma calça mais larga e estar disposto a acompanhar a aula. Qualquer pessoa que passe por lá, na ocasião, pode participar”, reforça.

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), com apoio da Promotoria de Justiça da Infância e Juventude, deu início este ano ao projeto de Jiu-jitsu para adolescentes e jovens em situação de risco social. As aulas serão ministradas por agentes do projeto Jiu-jitsu na Guarda Municipal.

A iniciativa faz parte do Programa Esporte Parceiro, que objetiva promover a inclusão social por meio da prática esportiva e ampliar a rede de proteção para adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas. A ideia foi desenvolvida pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, Secretaria Adjunta de Assistência Social e Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção.
 
 

05/09/2017. Projeto de Jiu-jitsu da Guarda Municipal. Fotos: Divulgação/PBH