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SLU inicia campanha para revigorar a coleta seletiva na cidade

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O vandalismo e a má utilização dos Pontos Verdes, equipamentos instalados pela Prefeitura de Belo Horizonte para receber materiais recicláveis separados pela população, são os principais problemas enfrentados pela Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) para consolidar o programa de coleta seletiva na cidade. Por isso, a SLU iniciou, na manhã desta segunda-feira (18), uma campanha de mobilização social com o objetivo de revigorar e fortalecer a coleta seletiva ponto a ponto, estimulando a participação correta da população.

 

Como pontapé inicial da campanha, a SLU promoveu um evento no Ponto Verde Rua Flor do Índio, na área próxima ao equipamento e a uma Unidade de Recebimento de Pequenos Volumes (URPV). Foi realizada uma campanha educativa no entorno, em especial no condomínio Village Liberdade, com distribuição de material informativo, afixação de faixa com orientações e apresentação teatral.

 

Reuniões com os síndicos e plantão de fiscais são outras medidas a serem implantadas pela SLU. As ações terão ainda a participação das secretarias municipais de Fiscalização, de Educação, de Saúde, de Assistência Social e da Guarda Municipal. Ao longo do segundo semestre, serão abordadas as vizinhanças de 40 Pontos Verdes na cidade.

 

A chefe do Departamento de Políticas Sociais e Mobilização da SLU, Ana Paula Costa Assunção, destaca que a depredação é feita principalmente por catadores avulsos, que abrem e quebram os contêineres dos Pontos Verdes para retirar o material depositado pela população.

 

A má utilização dos Pontos Verdes também é frequente. Muitas pessoas jogam material orgânico, lixo e restos de poda nos contêineres, que acabam contaminando os recicláveis. Também é comum encontrar animais mortos e até mesmo fezes dentro dos equipamentos. Muitos usuários ainda costumam deixar o material reciclável do lado de fora dos Pontos Verdes. “Outros cometem erros básicos como, por exemplo, confundir os contêineres e colocar papel, metal e plástico no equipamento destinado a receber vidro”, cita a Ana Paula Costa.

 

De acordo com ela, além dos catadores avulsos, alguns comerciantes e empresas têm o hábito de fazer descarte inadequado no local. “O Ponto Verde foi pensado para ser utilizado pelo cidadão comum e não por empresas que deveriam pagar a taxa de coleta”, diz.

 

Belo Horizonte é beneficiada por duas modalidades de coleta seletiva: ponto a ponto e porta a porta. Na ponto a ponto a população separa os recicláveis em sua residência ou local de trabalho e os deposita nos Pontos Verdes, contêineres instalados pela Prefeitura. A relação dos Pontos Verdes pode ser consultada no Portal da PBH.

 

Já na coleta seletiva porta a porta, disponível em 47 bairros, os materiais recicláveis são separados pelos moradores e recolhidos na rua, por um caminhão. Para saber se o caminhão passa em sua rua, consulte o site BHMAP.

 

Desde setembro de 2019, a coleta seletiva porta-a-porta de Belo Horizonte é feita pelas seis associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis, integrantes do Fórum Municipal Lixo e Cidadania de Belo Horizonte. Elas foram contratadas pela SLU e são remuneradas a preço de mercado pela autarquia, que também cede seis caminhões compactadores para a atividade. Toda a mão de obra, que recebeu treinamento da SLU, fica a cargo das cooperativas.

 

Além de destinar destina todo o material recolhido na coleta seletiva para as associações e cooperativas, a SLU também oferece a elas estruturas importantes como o pagamento de aluguel, construção e reforma de galpões para a triagem de recicláveis (papel, metal, plástico, isopor e vidro).